domingo, 8 de fevereiro de 2015

Quer escrever bem?

Quando era criança, tanto a minha mãe, em casa, quando ela fiscalizava as minhas tarefas de casa, como até e principalmente no próprio colégio, quando a minha escrita estava errada, me obrigavam a refazer tudo.

Me lembro quando a minha mãe me castigou, quando me esqueci de escrever "RHAVANI", e esta história é fato. Ela me deu um caderno e tive que escrever a folha toda, várias vezes, o meu nome.

Além de tudo isso, ainda éramos, tanto pelo colégio, como tarefa, e até mesmo, por conta da minha mãe, a fazer cópias, coisas que detestava fazer.

Mas foram essas cópias que me fizeram escrever corretamente. Acho que talvez seja por isso que gosto de escrever meus textos.

Me espanto em ver, garotos(as) no início de sua adolescência, na idade de estarem cursando, sei lá, no meu tempo, seria uma 5ª, 6ª-série, escrevendo como uma criança em alfabetização.

Aos meus 11, 12, 13 anos, talvez já cometesse ainda, alguns erros ortográficos. E ainda posso está cometendo alguns desses erros, mas não escrevo, como muitos nessas redes sociais, onde eles mesmo se entregam que não tiveram ou não tem uma educação adequada, tanto em casa como nas instituições que deveriam ensinar.

Os castigos que minha mãe me dava, do tipo: fazer cópias, repetir exaustivamente palavras, me serviu para não escrever como elas são escritas, me como aperfeiçoar a minha caligrafia. Hoje digito muito mais do que escrevo.

Eu não completei meus estudos. Abandonei na metade do 2º EM, em agosto de 2001. Repeti 3 anos, o que me atrasou. Fui desses alunos que, a partir da 5ª-série, sempre ficou em recuperação, porém, nunca fui desordeiro. Quem estudou comigo, sabe como eu era: só na minha, porém, mesmo calado, ainda surpreendia muitas pessoas.

Teve uma polêmica no fim do ano passado, e uma mulher veio com desaforos pro meu lado, porque tinha escrito tal "baixaria". Mas não ligo para críticas, onde, se a pessoa, não escreve de uma forma correta, sucinta, clara e objetiva, não tem validade alguma. Até mesmo para quem escreve dignamente correto, a opinião alheia contra algo sobre minha pessoa, não mudará o meu jeito, a minha forma de ser, de falar, de escrever.

E fazer "baixaria", igual à ela, não é do meu feitio, pois a própria expressão já diz: baixa. Baixarias são essas ocasiões, onde as pessoas desmontam de suas máscaras e mostram como é o tipo de educação que recebera na vida.

Se quer ensinar alguém, faça com seu(s) filho(s). Mas para ensinar, primeiro aprenda a fazer as coisas corretamente e dentro do seu espaço e tempo.

Eu li agora, uma mensagem e fiquei aqui me perguntando:

- Como é que passa de ano, na escola, se escreve ortograficamente ruim? Onde estão os pais ou outros responsáveis que não observam isso: fiscalizar os deveres? E os professores de sua escola, fazem o quê: só bater ponto para ganhar seu salário?

De selfie, celular, fofocar e ficar de cara amarrada quando se visita as casas, faz muito bem, não é?

Hoje, se deixar bobeira, sou eu quem quase mando a minha mãe fazer o que ela fazia comigo, quando criança. Ela sempre me pede para revisar qualquer texto que escreve no seu e-mail, e praticamente, refaço todo o texto, por conter vários erros ortográficos. Imagine a partir do dia que deixar de existir, como ficará? Vai enviar e-mail com erros de português para os clientes.

Quer escrever bem? Exercite com leituras, cópias escritas e digitadas, lidas ou ditadas por alguém. É isso que percebo que anda faltando nos jovens e adultos de hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário