terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Dentro de Um Abraço - o texto.

Trechos de livros: Trecho de "Feliz por Nada", de Martha Medeiros.

"Dentro de um abraço":

"Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento?

Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.

Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.

E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?

Meu palpite: dentro de um abraço.

Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.

Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incer-ta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.

O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.

Que lugar no mundo é melhor para se estar? Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio lotado vendo seu time golear, num almoço em família onde todos estão se divertindo, num final de tarde à beiramar, deitado num parque olhando para o céu, na cama com a pessoa que você mais ama?

Difícil bater essa última alternativa, mas onde começa o amor, senão dentro do primeiro abraço? Alguns o consideram como algo sufocante, querem logo se desvencilhar dele. Até entendo que há momentos em que é preciso estar fora de alcance, livre de qualquer tentáculo. Esse desejo de se manter solto é legítimo, mas hoje me permita não endossar manifestações de alforria. Entrando na semana dos namorados, recomendo fazer reserva num local aconchegante e naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste."


12 de junho de 2008

Extraído da internet.


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O texto, poema, acima, foi a inspiração para uma canção que está no último lançamento da banda Jota Quest, a faixa "Dentro de Um Abraço".


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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

19 anos e 5 meses depois...

Chegou... A espera foi longa, mas 19 anos e 5 meses depois, consegui comprar um "Ferrorama".

Trata-se da edição comemorativa lançada em 2011, com a 1ª edição: XP-100.

Ferrorama clássico, em mãos. Edição relançamento de 2011.


É um circuito pequeno, sem muita opção. Mas já é um belo começo.

Peguei uma promoção ótima no site da Ponto Frio. Postaram um link no grupo "Ferrorama, Viva Esta Ferrovia", no Facebook, e não pensei duas vezes: se não pegar agora, não pego mais nunca. Foi por menos de R$: 200,00 e sem frete.

Eu poderia optar por comprar exemplares de pessoas que vendem nesses sites de compra e venda na internet. Mas é que não confio muito. Outra opção, é no site PlayToy. A princípio, também não confiava, mas já que o dono do site também participa do mesmo grupo, vou ver se compro algo interessante um dia qualquer.



Só em poder voltar a reutilizar os meus trilhos e botar o trem para rodar, já me traz uma tranquilidade. Afinal, o "Ferrorama" pra mim, não é somente um trenzinho de brinquedo. É uma terapia.

Infelizmente, minhas outras locomotivas precisam de uma manutenção severa para voltarem a andar. Por enquanto, vou me virando somente com a nova, mas bem que gostaria era de ver as 4 se movimentando pelos trilhos, mudando de linhas, subindo e descendo pontes, desengatando vagões e trocando de composições. Esta é a magia do "Ferrorama", quem conhece a coleção. O que iria pegar mesmo, eram as pilhas: um par médio para cada locomotiva.

Como falei em outros posts sobre o assunto, "Ferrorama" nunca era para ter saído de circulação. Os brinquedos de hoje, não estão com nada. Tenho pena das crianças que não conheceram os brinquedos da minha época.



Agora surge uma ponta de esperança que outros exemplares sejam relançados ao mercado. Se não compro "Ferrorama" para meus filhos, compro para mim mesmo, pois ainda não tenho filhos. E quando os tiver, eles vão dá continuidade - ou não - ao brinquedo que me enche os olhos de brilho, quando o monto.

Hoje foi um aperitivo, um teste. Mas num feriadão qualquer, monto todos os trilhos só para o meu novo trem fazer um passeio maior do ele poderia pensar.

Quanto mais "Ferrorama" tiver, mais criativo ficará um circuito mini-ferroviário.

A folha de adesivo, não vou utilizar. Escaneei-a, e fiz alguma adaptações. Vou deixar guardada a original.


Um grande erro meu foi nunca ter tido atenção a lubrificação das engrenagens das locomotivas.


Agora tenho 3:

XP-1400, desde agosto de 1984.
SL-5000, desde outubro de 1995.
XP-100, edição comemorativa, relançada em 2011, desde hoje, 18 de fevereiro de 2015.

E aguardando ansioso por outros relançamentos. Tem sim, quem compre. Faça um teste com as crianças. Elas vão pedir para comprar. É melhor do que elas ficarem presas nos "ZapZap's" da vida.


As outras locomotivas precisam de reparos nos seus motores.

E que venham mais exemplares relançados.

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 *Para ver o vídeo, é necessário ter e estar logado na sua conta do Facebook.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

13 anos e meio depois...

Depois de muitos anos, consegui desencantar e fui à um dos 2 shows do Jota Quest realizado em Recife, neste carnaval de 2015.

A única vez que tinha ido, foi no Projeto Pão Music, onde eles eram uma das atrações, e o show realizado em Fortaleza, no aterro da Praia de Iracema, foi no dia 04 de agosto de 2001.

Na verdade, este único deveria ter sido o 2°, já que o colégio onde estudava, na época, havia programado um show para os alunos, que onde todos nós achávamos que seriam para TODOS e não somente para alguns exclusivos, frustrando muitos sonhos, inclusive o meu.

O show fechado, realizado no dia 16 de maio de 2001, foi no auditório do Colégio Batista Santos Dummont e pela manhã. E no dia, ergueram até uma replica da latinha de um famoso refrigerante sabor laranja, que eram seus patrocinadores naquela época, na frente da porta da minha sala de aula.


Aí veio o show no Projeto Pão Music.

Só que acabei não ficando muito próximo ao palco. Fiquei muito lá no fundão, porque tinha muita gente, e tanto meus pais, como meus 2 primos que nos acompanharam e eu, ficamos meio receosos com uma possível brigas no meio da multidão. Pelo menos, tinha levado o meu binóculo, mas mesmo assim, ficava muito longe que se ver algo, além dos telões.

Só que assim que o show começou, dou logo de cara com a última pessoa que imaginava encontrar logo naquele "fundão" onde estávamos. E tinha uma paixão oculta por ela, e pra falar a verdade, tenho até hoje. Tanto que só faltava era o destino repetir a mesma façanha, lá na Lagoa do Araçá e com a mesma pessoa.

Este encontro ocasional, me desconcentrou do show do Jota Quest e não pensava em outra coisa, só em saber para onde foi a pessoa.


Desde o surgimento da banda Jota Quest, sempre teve alguma música que marcava algum fato da minha vida.

Em 1997, mudei de colégio. Na época dos primeiros dias de aula, sempre que estava indo, ouvia na Rádio Jovem Pan, "Ônibusfobia". E olhe que curtia bastante, porém, sem compromisso algum com a banda. Aí vieram "As Dores do Mundo" e "Encontrar Alguém".

Em meados do mês de outubro daquele mesmo ano, seria a 1ª vez que a banda iria se apresentar em Fortaleza, unto com uma outra famosa banda, que não me lembro agora quem é.

Tinha somente 15 anos na época. Poder ir ao show, poderia. Mas se nem para Netinho - da Bahia, que era o meu ídolo maior, não ia, e também mais conhecido e bombando em 1997 com "Milla", e tive sim, no fundo do meu coração, vontade de ir para aquele que seria o 1° show do J. Quest.

Eu falei que tive vontade, mas não ia de forma alguma. Em 1° lugar, pela idade. Em 2°, pela imaturidade ainda de enfrentar grandes aglomerações de pessoas. Em 3°, até mesmo pelo valor do ingresso. Em 4°, por possível falta de segurança.

Tanto que no show do Pão Music, eu fiquei num local bem afastado, ao contrário lá no Lagoa do Araçá, onde fiquei o mais próximo possível do palco.

Só que aquele show, por motivo de força maior, na época, foi cancelado e adiado, mantendo-se somente da outra banda, que não sei se era "O Rappa" ou "Natiruts*" - *ainda quando adotavam outro nome.


Eu ameacei ir ao show que o Jota Quest fez em Recife, no dia 11 de outubro de 2011, na turnê 15 anos, que originou o DVD "Folia e Caos". O valor do ingresso estava fora do meu orçamento. E mesmo estando com vontade, já tinha me comprometido com um show de Netinho, realizado em Bezerros/PE, no dia 08 de outubro de 2011.


Mas foi numa madrugada, numa época em que dormia com o rádio ligado, que ao ouvir "O Vento", bati o martelo: comprar o CD "De Volta ao Planeta".

Foi no mês de agosto de 1999, no dia 18, que comprei o CD. E neste mesmo mês, consegui achar o CD de 1996, já com a nova grafia no nome da banda, e comprei-o no dia 24.

Uma grande curiosidade: sempre comprava os CD's do Jota Quest no mês de agosto, mês do meu aniversário, mas nunca comprei ou ganhei no dia exato . Só em duas ocasiões que foram comprados 2 discos no mesmo mês de um mesmo ano. Em 1999, os já citados acima, e os CD's "Discotecagem Pop Variada" e o "MTV ao vivo", em agosto de 2003, em dias diferentes.

 A partir de 2005, com o "Até Onde Vai", quebrei esta corrente de comprar CD's do Jota Quest, no mês de agosto .

O último, foi com o "Ao Vivo no Rio de Janeiro - 28.01.2005" que comprei junto com um CD de Netinho, o "Outra Versão", em 01 de agosto de 2005, numa período de uma temporada de 2 meses que fiz à Recife. Foi um reconhecimento de terra, pois estava previsto uma mudança do Ceará para Pernambuco.

Um outro CD que comprei em agosto, foi o "Oxigênio", no dia 02, no ano 2000.

"La Plata", comprei em abril de 2009, porque já sabia que haveria uma canção daquele CD, na trilha da novela "Caras e Bocas". Aliás, esta novela contou com duas canções. O outro tema foi "De Volta ao Planeta".

No momento "Manguetown".

Tenho todos os discos. Só me falta mesmo é o coletânea dos 15 anos. DVD's, depois de muita procura, consegui achar quem já eram quase impossível, como o "Rio de Janeiro - 28.01.2005". Já tenho todos os 6, lançados no Brasil, desde que há um no mercado argentino.


O show do Jota Quest no Lagoa do Araçá, em Recife, veio para salvar o meu carnaval de 2015. Eu sabia que a banda teria 2 shows. Mas achei que um desses, seria realizado em Olinda, um dos pontos de maior movimentação no carnaval. Onde foi realizado, foi um achado, pois tenho conhecidos no bairro e já conhecia o local.

Foi um show super tranquilo. Me chamou atenção a quantidade de crianças curtindo. Adorei ainda o horário do show. Enfim, matei o verme que me consumiu por 13 anos e meio... Houve um momento do show em que o chão literalmente tremeu, com o pulo da galera. Parecia que estávamos sobre um tablado de madeira e que este iria se romper a qualquer hora.

Vez por outra, surge uma transmissão de show do Jota Quest, pelo canal Multishow, e assisto, como foi no Rock In Rio 2011, na qual, tenho o CD e DVD, e em 2013, além do recente "Planeta Atlântida".


No fundo, parece que eu pressentia de que quebraria este jejum. Vi uma imagem na página oficial da banda, no Facebook, e me chamou atenção. Peguei e com ela, estampei uma camisa pra mim, na esperança de ir à um desses dois shows do Jota Quest, em Recife, no carnaval. E deu certo.

Tão certo, que só choveu no dia seguinte, pois do jeito que tenho uma baita sorte, no dia que realmente preciso sair, seja pra uma praia, show ou bater perna sem compromisso, chove.





Agora sim, já tenho 2 shows no curriculum. Tenho 49 show de Netinho, na minha vida. E como experiência viciante que tive de um, por mais que me dê vontade de fazer o mesmo com o Jota Quest, tenho que me manter moderado. Um ou 2 shows por ano, já está ótimo. Com Netinho, a média eram 12 por ano, em quase 6 anos, entre 2006 e 2012.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Quer escrever bem?

Quando era criança, tanto a minha mãe, em casa, quando ela fiscalizava as minhas tarefas de casa, como até e principalmente no próprio colégio, quando a minha escrita estava errada, me obrigavam a refazer tudo.

Me lembro quando a minha mãe me castigou, quando me esqueci de escrever "RHAVANI", e esta história é fato. Ela me deu um caderno e tive que escrever a folha toda, várias vezes, o meu nome.

Além de tudo isso, ainda éramos, tanto pelo colégio, como tarefa, e até mesmo, por conta da minha mãe, a fazer cópias, coisas que detestava fazer.

Mas foram essas cópias que me fizeram escrever corretamente. Acho que talvez seja por isso que gosto de escrever meus textos.

Me espanto em ver, garotos(as) no início de sua adolescência, na idade de estarem cursando, sei lá, no meu tempo, seria uma 5ª, 6ª-série, escrevendo como uma criança em alfabetização.

Aos meus 11, 12, 13 anos, talvez já cometesse ainda, alguns erros ortográficos. E ainda posso está cometendo alguns desses erros, mas não escrevo, como muitos nessas redes sociais, onde eles mesmo se entregam que não tiveram ou não tem uma educação adequada, tanto em casa como nas instituições que deveriam ensinar.

Os castigos que minha mãe me dava, do tipo: fazer cópias, repetir exaustivamente palavras, me serviu para não escrever como elas são escritas, me como aperfeiçoar a minha caligrafia. Hoje digito muito mais do que escrevo.

Eu não completei meus estudos. Abandonei na metade do 2º EM, em agosto de 2001. Repeti 3 anos, o que me atrasou. Fui desses alunos que, a partir da 5ª-série, sempre ficou em recuperação, porém, nunca fui desordeiro. Quem estudou comigo, sabe como eu era: só na minha, porém, mesmo calado, ainda surpreendia muitas pessoas.

Teve uma polêmica no fim do ano passado, e uma mulher veio com desaforos pro meu lado, porque tinha escrito tal "baixaria". Mas não ligo para críticas, onde, se a pessoa, não escreve de uma forma correta, sucinta, clara e objetiva, não tem validade alguma. Até mesmo para quem escreve dignamente correto, a opinião alheia contra algo sobre minha pessoa, não mudará o meu jeito, a minha forma de ser, de falar, de escrever.

E fazer "baixaria", igual à ela, não é do meu feitio, pois a própria expressão já diz: baixa. Baixarias são essas ocasiões, onde as pessoas desmontam de suas máscaras e mostram como é o tipo de educação que recebera na vida.

Se quer ensinar alguém, faça com seu(s) filho(s). Mas para ensinar, primeiro aprenda a fazer as coisas corretamente e dentro do seu espaço e tempo.

Eu li agora, uma mensagem e fiquei aqui me perguntando:

- Como é que passa de ano, na escola, se escreve ortograficamente ruim? Onde estão os pais ou outros responsáveis que não observam isso: fiscalizar os deveres? E os professores de sua escola, fazem o quê: só bater ponto para ganhar seu salário?

De selfie, celular, fofocar e ficar de cara amarrada quando se visita as casas, faz muito bem, não é?

Hoje, se deixar bobeira, sou eu quem quase mando a minha mãe fazer o que ela fazia comigo, quando criança. Ela sempre me pede para revisar qualquer texto que escreve no seu e-mail, e praticamente, refaço todo o texto, por conter vários erros ortográficos. Imagine a partir do dia que deixar de existir, como ficará? Vai enviar e-mail com erros de português para os clientes.

Quer escrever bem? Exercite com leituras, cópias escritas e digitadas, lidas ou ditadas por alguém. É isso que percebo que anda faltando nos jovens e adultos de hoje.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

#Tropicaliente: Aracati/CE

No capítulo exibido hoje, os pescadores abortam numa cidade para comprar mantimentos. E esta cidade, é Aracati.

As cenas se concentraram no Mercado Municipal, além de uma praça de frente à igreja matriz, no centro da cidade.

Igreja Matriz de Aracatí/CE.

Em 1994, a cor da tinta nas paredes, era amarela. Esta imagem, na cor azul, é de 2012, e antes da reforma.

Depois da reforma, está assim. Imagem de 2013.

Apesar de ter assistido esta novela, tanto em sua época original, em 1994 e na reprise, em 2000, juro que não me lembrava desta passagem por Aracati. Sabia ue, nas praias, havia sim, algumas cenas gravadas. Mas no centro, para mim, foi inédito. Ou não lembro mesmo ou não vi este capítulo, em ambas as oportunidades anteriores.

Nesta reprise, no Canal Viva, estou acompanhando todos os capítulos. Caso não veja a tarde, recupero à noite.

E por hora, há 2 meses que parei de acompanhar a novela no horário alternativo da madrugada, como havia me programado inicialmente de vê-la duas vezes, deixando somente para casos específicos. Mas posso retomar isso.


#TropicalienteSaiaEmDVD.