segunda-feira, 11 de março de 2013

1 ano do último show de Netinho.

Estava conversando agora com minha prima, Adriana David, relembrando os tempos que ela morou comigo, no Antônio Bezerra.

Mais do que nunca, esta minha prima é testemunha ocular de como eu era fanático por Netinho, no início. E aí se alguém falasse mal de Netinho perto de mim, naqueles tempos, que o muro rolaria.

Mas era muito inocente naquela época. Imaturo em tudo. Afinal, em 1995, tinha meus 12/13 anos. Comparar aquela época para o de agora, com 30, muda muita coisa. Até o amor por um ídolo, quando se há um desgaste natural.

Ah, aquela época, sonhava no dia em está num show dele, conhecê-lo, e eu, ouvindo as piadinhas negativas.

Nada melhor que os anos passando até o sonho ser realizado. E ainda foram quase 6 anos vivendo aquela realização. Mas os sonhos, inclusive os reais, também chega ao seu fim. Por algum motivo, a gente é acordado e eles acabam.

Hoje faz 1 ano do último show de Netinho que fui, em São Luís do Quitunde, em Alagoas. Também foi quando passei a começar, por justa causa, o meu desligamento daquilo que já começava a me cansar.

E falei para minha prima, que hoje, só guardo meus bons momentos de realizações, mas não mais faço aquelas loucuras por ele, por causa do vício do fanat-ISMO. Estava praticamente dentro de uma religião. A diferença é Netinho pra mim, era um Deus existente. E de religião, mantenho distância. As situações são as mesmas. Só o foco que era outro.

Gastos, riscos, estresses, sensação de impotência, concorrências entre fãs, histerias, lugares esquisitos, foram 49 situações que levarei na memória. E olhe que sou todo avesso à este tipo de assédio entre fã e ídolo. Sempre preferi ficar na minha. Agora é que realmente estou na minha. Vejo cada coisa, que é de se espantar.

Eu curti o meu período. Entrei quando era para entrar. Me afastei quando foi o momento exato. Parei um monte de coisa.

O mais interessante, e que devo ter falado que, se ficasse mais de 1 ano, sem shows de Netinho, piraria. Hoje estou tirando a prova que não pirei.

Há exatamente 1 ano, nesta hora, o show já havia acabado. Fui tão empolgado, e aquela empolgação transformou-se em morgação, por conta de um simples comentário que ouvi e entendi como algo que minha presença estivesse incomodando. Não gostei.

E por conta daquilo, para mim, foi um show mais morgado que tive. E também foi durante o trajeto, que vim refletindo sobre o futuro daquela situação.

Adriana me falou ao telefone, que enquanto assistia ao TV Xuxa, com a presença de Netinho, estava lembrando de mim.. Não só ao TV Xuxa, mas onde Netinho aparecesse.

Ela sabe que, quando tocava Netinho nas rádios, era pra sair do meu do caminho, porque o "cavalo-doido" aqui, saia em disparada para aumentar o volume do som. E ainda tinha o muda-muda de estação, atrás de canções dele, mesmo já tendo o CD.

Falei para ela, que, como "quem me viu, quem me ver", se surpreende quando falo que hoje, não me envolvo com assuntos relacionados à Netinho. E sempre surgem as curiosidades e querem saber os porques.

Os motivos que me levaram à parar, só eu sei. Só digo que: a fase passou, mesmo tendo ficado por 18 anos, a corrente arrebentou-se.

Se o artista aparece na TV, lembram-se de mim... Na TV, ainda posso querer acompanhar o programa, mas sem toda aquela empolgação de antes. Sim, eu mudei em relação à isso, que até me surpreendo.

Mas hoje, se o mesmo tiver uma canção tocando no rádio, é bem capaz de mudar a estação, pois nem seus CD's e DVD's, até os MP3 que montei com as 110 melhores canções, tenho tido mais interesse em ouvir há meses.

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