quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Resenha: Porque me desmotivei em fazer educação física

Oh vontade grande de jogar vôlei.

Acho que me encontrei no vôlei. Já tentei jogar futebol: me desencantei. Já experimentei o basquete: percebi que não era a minha. E anos depois, me adaptei melhor no vôlei.

Estava aqui me lembrando de como eu gostava dos dias de recreação, no colégio. Mas não via a hora de chegar aqueles dias em que nós, do Colégio 7 de Setembro, íamos com o uniforme de educação física - ou recreação, como conhecíamos.

Quem estudou no Colégio 7 de Setembro, até então só havia a do Centro, de Fortaleza, no início e no decorrer dos anos da década de 90, deve ter chegado a conhecer um professor chamado Sandi: o tio Sandi. Não sei mais como é a grafia do nome dele, mas Sandy não é. Até pode ser.

No início, achava-o simpático. Era realmente brincalhão. Adorava quando íamos para aquela clássica quadra. Cheguei a curtir o futebol, mas sempre fui "bola-murcha".

Eu acho que me desencantei com o futebol, não no colégio, mas quando ia jogar com meus primos, na casa do meu avô. Talvez ali, possa ter descoberto, sem saber, que o futebol não era a minha praia.

Ok.

Quando tínhamos novas aulas de educação física, troquei o futebol pelo basquete. Mas não jogávamos confrontando adversários. Era mais treinos, como saber quicar a bola e arremessos. Achava isso divertido, e ainda acho.

Mas em 1994, já na sede do Cocó, fui fazer escolinha de basquete. Passado algum tempo, pedi para sair, pois aquilo também não era a minha praia.

Eu deixei de comparecer as aulas. Matava mesmo e como era somente depois da aula - que acabava as 11:10, a partir das 12h, era o basquete. Tinha que aguardar 50 minutos e aquilo já me incomodava, pois queria era logo sair dali.

E quantas vezes, fugi, alegando em casa que "as bolas de basquete estavam furadas". Tanto que a minha mãe chegou a ligar para o colégio, para saber o porque e fui desmascarado.

A aula, que começava as 12h, terminava as 13h. E ainda tinha que atravessar Fortaleza de leste à oeste, para casa, no Antônio Bezerra. Outro ponto que pesava, era esta distância.

E com isso, ao mesmo tempo, o simpático tio Sandi, mudou. Ficou antipático. Nem parecia aquele brincalhão.

Então a única solução foi deixar o basquete e fazer trabalhos sobre esporte, no lugar.

Em 1995, fiquei em recuperação em Educação Física, por nunca comparecer. Achei que foi até a melhor recuperação que fiz, de todas. Até entrei numa academia naquele ano, para ver que me safava, com a natação, mas não teve jeito.

Ao mudar de colégio, em 1996, no General Osório, fiquei fazendo trabalhos sobre educação física.

No ano seguinte, fui para o Batista Santos Dummont. Lá, cheguei a fazer duas modalidades de esportes, normais: vôlei, em 1997 e natação, em 1998. Mas a partir de 1999, voltei aos trabalhos de pesquisas, mesmo ainda não tendo computador para fazer tais pesquisas.

Os horários disponíveis para educação física, no colégio Batista, eram incompatíveis pra mim: sempre pela tarde. E eu, morava lá no Antônio Bezerra. Mudei de colégio, mas não mudei muito a distância de um ponto para o outro. E lá, as aulas terminavam as 12h, tendo dias que chegava até as 13:10.

E no ano de 1999, 2000 e 2001, eu chegava do colégio, só vinha almoçar de verdade, muitas vezes, somente as 16h, porque meus pais estavam trabalhando. O que tive de comer de Nissin Miojo naquela época, é de ter pesadelos.

Tanto que por conta disso, a minha vontade de fazer academias, por influência da novela das 17:30, foi minimizando até perder total interesse.

Mas dos esportes citados, creio que vôlei e natação, são as quem mais me identifiquei. Agora, juntando as duas modalidades numa só, era tudo que eu queria.

Pena que não tenho amigos para juntar-me à eles e jogar partidas de vôlei, como o amigo Toni, tem os seus do basquete.

E outra coisa que até me impossibilita de praticar esportes, é o fato de usar óculos, de alto grau. Sem ele, enxergo tudo desfocado. Aí neste caso, com ele, teria era que prender bem a corrente entre as abas, através da nuca, para que não escorregue da cara, bem como, ter que enfrentar os embaçamentos que ocorrem com o calor.

É o mesmo que cair no mar: se tirar o óculos, qual é a graça, se não enxerga nada?

Não tenho uma piscina disponível, para botar em prática, a minha natação. Mal estou indo a praia, já que tanto Pernambuco, Alagoas e Paraíba, tem praias calmas que dá para usar as piscinas naturais para uma natação básica.

Tenho uma academia "gritando" quase na esquina da minha casa, e era algo que cheguei a cogitar fazer. Até posso fazer. Mas penso é na grana da mensalidade, como me fará falta para outras coisas.

Poderia até pedalar de bicicleta, mas as duas que tenho, estão fora de uso, e há anos, não ando de bike. Vendo Netinho voltar a andar de bicicleta, acabou me incentivando em comprar uma e fazer o mesmo. Além de comprar uma nova, arrumar as outras duas.

E uma bicicleta nova, equivale à 6, 7 ou 8 mensalidades da academia da esquina. Com esta grana, também poderia comprar um aparelho de som, e colocar os meus CD's para dançar: também serve.

Como resultado final, o que me sobrou nisso tudo, foi caminhar aos domingos ou feriados. Mas de qualquer forma, caminho todos os dias. Qualquer coisa que faça na cidade, vou andando.

Não faço corrida, pois quando começo, parece que meus pés ameaçam torcerem.

Por isso que, nos últimos dias, tenho pensado muito nesta questão de o porque deixei de curtir as aulas de educação física no colégio: fiquei desgostoso, desanimei pra burro. Mas com o vôlei e a natação, não.

Eu poderia era ter investido mais nessas duas modalidades, além dos outros interesses meus. Talvez hoje, poderia ser um atleta, já que em ambos os casos, ocorreram em 1997 e 1998, respectivamente.

Hoje, não passo de um mísero bundão, que não faz nem uma coisa, nem outra, nem isso, nem aquilo. Nem nenêm, eu faço.

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