quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Surto psicótico

Acho que todos os medos que tenho, o único que realmente me amedronta, é ter um surto psicótico ou me descobrir esquizofrênico.

Tenho um temperamento forte, onde muitas vezes, prefiro me calar e me retirar do recinto, para não cometer as vias de fato. As vezes, temos que ter paciências com as diferenças de opiniões, pois há aqueles defensores de carne e unha e que não aceitam que outros mudem de opinião sobre aquele mesmo tema.

Já passei por uma pressão psicológica muito forte há 11 anos atrás. Tive que parar com aquilo que mais estava me desanimando, mesmo sabendo os preços que poderia pagar no futuro.

Naquela época, se tivesse acompanhamento pscológico, talvez não teria feito o que fiz ou então, ter tido apoio a decisão que tomei. Tive o apoio dos meus pais, que notavam como estava transtornado. Qualquer contradição, eu me alterava...

Hoje, prefiro me calar ou me retirar de situações que possívelmente, não será favoravel à minha opinião. Vai depender do nível.

Este caso que aconteceu nesta manhã, e que ainda está em negociação com a polícia de São Paulo, do rapaz, de 32 anos, que ao receber uma carta de interdição a pedido da própria familia, atirou em 3 pessoas, é mais um daqueles que, mesmo sendo delicado, é bom para refletirmos sobre os nossos próprios problemas.

Ele se dizia policial, porém não é, possui porte de várias armas de fogo, com certeza ilegal, que ninguém sabe como conseguiu. E com uma delas, atirou contra o oficial de justiça, que levou a notificação de sua interdição, como também com uma pscóloga e enfermeiro, que estava acompanhando o oficial.

Como seria pra pessoa, ter que ser interditada, e não poder mais ter as atividades de uma pessoa normal, como assinar documento, participar de muitas coisas? A pessoa então é encaminhada para tratamento ou uma casa de repouso, e mesmo viva e em plenas condições fíicas saudáveis, é como se não tivesse serventia para nada.

Quando resolvi me afastar de tudo relacionado ao cantor Netinho, é porque toda aquela situação já começava a me deixar com certo incomodo. Hoje, noto que estava entrando num estágio de fanatismo, igual a religião, pondo o artista numa condição de Deus. Não aceitava que o criticassem, mas hoje, depois que o artista me deixou numa situação constrangedora, avalio o que merece elogio ou crítica.

E foi a melhor coisa que decidi fazer: me afastar daquele mundo louco de fã e artista, e noto que alguns precisam de acompanhamento psicológico, pois estão num estágio perigoso de fanatismo.

Aquele constragimento, como sempre falo, me fez acordar de uma certa maldição: de ficar preso à um determinado encanto. Em resumo, desencantei-me e isso faz muito bem. Encanto que ficou comigo por 18 anos e que poderia prejudicar ainda mais, a minha evolução psicológica, em mudar de opinião quando achar necessário.

Por isso que prefiro não ficar por muito tempo, dentro de grandes aglomerações de pessoas. Não sei como elas são. Aparentemente inofencivas, podem se revelar um psicopata.

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