domingo, 4 de maio de 2008

Um show de aventura em Serra Talhada - 03.05.2008


Saímos no sábado, daqui de minha casa, às 8:00 da manhã. Fizemos uma viagem de 412 km de distância. A estrada até lá, a BR-232 está 98% boa, só uns buraquinhos que surgem após/antes de Cruzeiro do Nordeste, dependendo do sentido de destino. Levamos 6 horas de viagem, chegando lá por volta das 13:30, num calor. Não pensamos 2 vezes e fomos direto para o hotel onde estava o astro, o Hotel das Palmeiras, que se encontrava já lotado.

Ficamos conversando um pouco com os meninos: B2 e cia., falando dos shows, pegando informações para o que estava por vim logo mais naquela noite

Mas procuramos um hotel bem próximo à este, o São Cristovão, deixamos nossa bagagem lá e retornamos para o Hotel das Palmeiras e almoçamos por lá mesmo.

No restaurante, encontramos com: Alvinho (backing vocal), João (baixista), Ricardo (segurança) e tome resenha. Após o almoço, eu queria ir até o local do show, pois quando fomos para Serra Talhada, fui informado que o show era pago, mas lá, disseram-nos que era gratuito. Aliás, ninguém em Serra Talhada sabía dá informação.

Em certo momento, Eduardo e eu decidimos ir à pousada onde lá se encontravam uma turma de blogueiros vindo de Maceió, que ficava quase bem em frente ao hotel onde Netinho estava. Esses blogueiros eram: Seu Teco, Dona Marly, Adriana & cia.

Esta é a estrada que tivemos que pegar
até o local do show, por 9 km.


Já eram quase 17h, após Juciara e Letícia terem terminado de almoçarem, que a gente fica sabendo que Gegê não tinha ido para lá. Só assim, decidimos ir ao local do show, para ver se era pago ou gratuito.

Mas só que do que já haviam nos falado, o local do evento, uma vaquejada, era num local de acesso de estrada carroçal (de terra) e que entrava uns quilômetro mata adentro. Caramba, pense na poeira, na buraqueira que tivemos que enfrentar, tudo em amor à Netinho. Fizemos este percurso duas vezes: a primeira para reconhecimento de terreno, a 2ª para o show. Na 1ª vez que fomos, ainda no final do dia, a poeira era tão intensa, que mais parecia nevoeiro, neblina... coisa assim.

Voltamos para o Hotel São Cristovão, tomamos nosso banho, nos arrumamos e seguimos novamente para o Hotel das Palmeiras, lá pelas 19h. Nos reencontramos com os outros blogueiros e ficamos por lá até Netinho ir para o show.



Conversamos com o pessoal de banda, tiramos fotos, fizemos uma reunião para ver como possamos nos reunir, bolar algo em prol de Netinho, como fazer divulgações, excursões para a gravação do próximo DVD, que será gravado agora em Outubro, em Porto Seguro/BA.

Pouco tempo depois que os meninos saem do hotel para o local do show, as dançarinas Letícia e Dora, e ficamos fazendo companhias à elas, enquanto Netinho não chegava. Conversamos um tepinho, tiramos fotos e Netinho aparece, finalmente. Eu disse à Netinho que iríamos fazendo segurança à ele. A Van com Netinho sai primeiro, Seu Teco em segundo e nós por último.

Mas só que assim que saímos do hotel, o carro de seu Teco vai para a direita, rumo à um posto de gasolina, pois eles tinham esquecidos de abastecer o veículo. Por conta disso, ficamos atrás da Van que levava o meu cantor preferido e assim adentramos a temerosa estrada de terra, ainda mais num movimento intenso de veículos indo e vindo e a poeira comendo nas vistas da gente. Cmo estávamos atrás, comemos muita poeira da Van que transportava Netinho, até que em determinado momento, surge uma enorme lombada pelo caminho. Nisso, acabamos passando à frente e fomos nós quem demos poeira para quem vinha atrás.

Um ponto mais crítico foi no local do show: era carro indo, carro vindo, carro pra frente, pra trás, para um lado, para o outro... ninguém fodia, ninguém saía de cima. Tudo isso num local que já era estreito, ficou mais estreito ainda. Só faltei descer e pergunta à Netinho, que estava logo atrás do meu carro, se ele não queria ir de moto. Mesmo se quisesse, iria ficar do mesmo jeito, pois nem moto passava.

Por fim, conseguimos estacionar o carro. Enquanto meu pai ficava esperando a gente por lá, pois foi melhor assim, nós ficaríamos no show. Naquele local, celular com câmera, só era usado para esta função, pois para telefone, nenhuma operadora funcionava. Fomos para o camarim. Netinho nos ofereceu algo para beber e eu só aceitei a água. Nesta hora, só estavam: Eduardo, Andrea e eu, enquanto a outra turma estava dando uma força para Dora, que foi bastante profissional neste show, pois ela estava dódoi, mas nada que pudesse deixá-la ausente do palco. Mas com certeza deve ter sido um tanto incomodo. Depois, Netinho se trancou no camarim para se concentrar. Mesmo assim, ficamos alí, resenhando do local e do acesso.



Muito legal este "banner" que fizeram neste Fiesta.


Só fomos para frente do palco, quando Netinho subiu. Enquanto tocava uma música de abertura, que agora tem, nos dirigimos para ficarmos em frente ao palco, que não havia ninguém bem próximo, estava limpo, ótimo para dançar. Aos poucos as pessoas foram se chegando, mas como o palco era meio altinho, as pessoas ficaram um poucos afastadas mesmo.

Num momento do show, um rapaz que já aparentava está um tanto alterado com sua embreaguês, se desequilibra em cima da D. Marly e Seu Teco simplesmente o apara, para que não acontecesse um leve acidente. Só que este caboclo entendeu como se fosse outra coisa e começou a fazer movimentos estranhos, como se fosse de macumba, parecia que estava recebendo o caboclo mesmo. E este mesmo cara, desde o início do show, praticamente se apossou do espaço diante ao palco.

Numa outra hora do show, fiz um comentário para Eduardo olhar em volta: ninguém se mexia, ninguém dançava. Nem parecia os 11 shows anteriores que já tinha ido. Netinho percebeu que o pessoal tava parado, mas o que foi disso? Há várias respostas para isso:

1) Terreno irregular - havia muito buraco e mato rasteiro. Dava para a gente enganchar o pé num garracho daqueles ou cair num buraco e torcer o pé.

2) Talvez o povo estivesse até encantado com o show e ficaram sem ação, anestesiados, estagnados. Ninguém levantava a mão, só eu e ainda tinha gente me olhando. Como Netinho comentou após o show: "Só o Bruno que dançou". Pelo menos compensei o dia de Bezerros.

3) Essa é a mais pesada e forte - ou então o pessoal anda um pouco atrasado em questão de música e que na preferência, o povo só gosta de forró e música de "Créu" - a maior bosta musical do ano. E eu acho isso típico de matuto, que só gosta daquilo que não presta, não sabem distingüir o que é cultural e o que é imoral. Mas gosto não se discuti, né?

Há que goste de Cheiro de Menina, há quem goste de Geraldinho Lins, há quem goste de Netinho. Mas será que nas duas últimas apresentações, houve alguém, algum fã que viajou por mais de 400 km ou veio de outro estado, tendo ainda que enfrentar todo aquele 9km de estrada de terra batida, comendo poeira, indo para num local escondido, escuro, no meio do mato literalmente, onde celular nenhum funcionava, igual alguns sete malucos fizeram por Netinho? Não sei como não surgiram cobras (bicho mesmo) por lá no meio do show.

Após Netinho, ainda teria mais dois shows: Geraldinho Lins e Vicente Neri com seu grupo, Cheiro de Menina.

Quando fomos embora, houve um congestionamento na saída do estacionamento: um carro recebeu uma encostada e seu dono simplesmente parou seu veículo alí, se lamentando da avaria ocasionada, obstruindo a passagem dos veículos que iam e vinham. Tanto que a banda de Geraldinho Lins teve que descer de onde estavam e seguiram à pé. Um caos total. Nem batedor dava jeito de desobstruir o engarrafamento.

Só sei que nos finalmente do show de Netinho, a galera tava "triste". Não fiquei até o final do show na frente do palco, pois Andrea sentiu-se mal e fomos para o camarim e eu já estava me desanimando com o desânimo da galera.

Blogueiros pernambucanos de Netinho e dos outros estados também: vocês deveriam terem visto este show.

Fizemos uma sessão de foto com Netinho, onde ele me desafiou em mostrar o meu bíceps e não tenho, comparando com o seu, mas fiz o que o chefe mandou. Ficou resenhas minhas novas fotos com ele por conta disso.





Combinamos de nos reencontramos no hotel para ver Netinho ir embora. Fui logo para o Palmeiras, vi todo mundo chegar e depois fui embora. O encontro marcado, se tornou um desencontro.

Mas apesar de tudo, o show foi uma aventura. Valeu muito a pena ter viajado 400 km, 6 horas de viagem, levado poeira na cara e ter mais uma cidade pernambucana conhecida no currículum, e mais uma história para contar, pelo menos para quem foi. É só Netinho que me faz ter que ir conhecer essas cidades e enfrentar tudo isso.

Tirando Fortaleza/CE, Serra Talhada/PE foi a cidade mais longe que fui, só para assistir a mais um show do meu querido ídolo Netinho, já totalizando 12.

Serra Talhada é a cidade natal do lendário Virgulino Ferreira, conhecido como o famoso cangaceiro "Lampião".

Dia 06 de maio, Netinho retornará à PE. Como será numa 3ª-feira, este show fica muito inviável, portanto, não poderei comparecer. Mas que lá seje tudo de bom, quanto foi em Serra Talhada.


Sessão Fotos:

Eu com: Letícia e Seu Teco.














... Com: Dora Loppes.













... com Netinho, fazendo presepadas após o show.

























A banda de Netinho.
















Serra Talhada, Pernambuco.

Lindo isso: Represa sangrando em pleno sertão nordestino.


Sessão Vídeo:


Trecho do show de Netinho.
Pena que o áudio da minha máquina é horrível de fábrica.
Agora, querendo me presentear com uma filmadora, eu aceito na hora.




Filmagem da represa sangrando,
por Eduardo Oliveira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário