segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

"... E ainda andam de mãos dadas"...

Hoje a tarde, sai com minha mãe para irmos numa loja de sapatos. Como mãe e filho, fomos de mãos dadas, até que num certo trecho, minha mãe fez uma retrucada com o que ela ouviu.

Uma mulher que transitava e cruzou conosco, fez um comentário infeliz: "... E ainda andam de mãos dadas", como se fôssemos um casal. Minha mãe ouviu e retrucou, mas não me lembro o que ela falou.

As pessoas se preocupam mesmo com quem as pessoas andam de mãos dadas, sem conhecê-las. Já tiram conclusões tão precipitadas, que não sabem quando levam um murro nas fuças.

A sorte desta senhora, que fez tal comentário, foi que não ouvi, senão teria respondido em alta e boa voz para todo mundo da rua ouvir. Tomei foi um susto quando minha mãe a replicou.

Será que um filho, mesmo que com mais de 30 anos de idade, não pode nem mais andar nas ruas de mãos dadas com sua mãe, que não imcomodem outras pessoas?

Aliás, incomodo algum, pois mesmo que não fosse a minha mãe, ninguém tem o direito de sair tirando conclusões com quem esteja de mãos dadas nas ruas de qualquer lugar. Nem que esteja de mãos dadas com outro homem, por exemplo, ninguém tem o direito sequer de comentar em voz alta. Não dou/damos satisfações há quem também não me/nos dá.

Está já foi a 2ª vez que testemunho algo desta situação.

Em julho de 2009, saindo de um evento musical lá na cidade Fortal, em Fortaleza, uma tia que estava comigo e seus dois filhos, ouviu de um rapaz, que meus primos eram gays, por estarem de mãos dadas. São dois irmãos, que ainda são excepcionais. E ambos não sabem nem a intensidade da gravidade do que é um preconceito contra quem seja homossexual.

As pessoas tem que parar de se intrometer daquilo que eles não sabem, do que não conhecem, até para evitar complicações mais graves em decorrência aos seus comentários infelizes.

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