segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Pré-canaval nas ruas

Soube que ontem, houve um pré-carnaval no bairro Vila Ellery, em Fortaleza, bairro onde já morei nos meus primeiros anos de vida.

E como conhecimento de causa, a região não tem estrutura alguma de comportar qualquer que seja os tipos de eventos que for.

De quem foi a ideia de projetar um pré-carnaval naquelas apertadas ruas daquele bairro? Quem também, autorizou? Não vê que antes de começarem há realizar qualquer evento de médio ou grande porte, tem que haver um estudo do local, para saber se é ou não viável?

Uns inexperientes vão realizar uma pequena micareta, só para o povo do bairro, sem estrutura alguma, aí acontecem as coisas. Não se lembram que marginais podem se infiltrar entre as pessoas de bem, só para armar confusão, aí que acontecem as ocorrências.

Houve um tiroteio, que vitimou duas pessoas. Mas isso não é um caso isolado.

Quantos pré-carnavais de bairros já existem por aí?

Aí pergunto: As grande micaretas de axé, já perderam seus espaços, por conta da falta de segurança e de grande aglomerações de pessoas, e impedindo de moradores a saírem ou entrarem em suas casas, por causa dos antigos Fortais, Recifolias, Micarandes da vida. Algumas micaretas foram extintas, outras tornaram-se indoor.

Aí começam a surgir esses pré-carnavais de bairros, nos mesmos moldes que as antigas ou extintas micaretas acimas, citadas. E começam assim: pequenas, humildes, aparentementes pacatas. Mas vão ganhando formas, corpos, mais públicos e se tornam grandes, como os blocos lá no Rio de Janeiro. E voltam os antigos problemas dos tempos das grandes micaretas de axé.

Se não se podem mais realizar as micaretas de axé, em vias públicas, em algumas cidades, porque os pré-carnavais podem?

Não acho justo.

Cidades, como Fortaleza, que já ganhou um espaço para a realização do Fortal, deveria usar o mesmo local, para realização dos pré carnavais, para a região leste. Já para a Região oeste, deveria ter um espaço similar para comportar eventos de rua, de médio e grande porte.

Nota que falei em eventos de médio e grande porte, pois podem ser que façam quadrilhas de São João, mas aí, é algo mais pessoal, e de pequeno porte, onde no máximo, só as pessoas da rua, por exemplo.

Aos cantores que criticam o novo formatos das micaretas indoor e sonham com a volta dos trios-elétricos nas ruas, como antigamente, só vale um conselho: você não gostaria de um passando em frente à sua casa, sendo impedido de entrar e sair, mesmo que você não seja a atração que esteja em cima do caminhão.

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