segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Você sabe o que é ser mal recebido nos lugares?

... Acho que muitas pessoas, ainda precisam a aprender a diferença entre ser ou não ser bem recebido nos lugares que se visita.

Eu mesmo, já me senti mal recebido em lugares que visitei, mesmo que de forma indireta. A gente sente, por mais que tentem disfarçar as caras amarradas.

Só vou comentar um episódio que aconteceu em julho de 2007, em Fortaleza.

Na época, só havia 1 ano e 7 meses que tínhamos ido embora de Ceará, para morar em outro estado brasileiro. Retornei à minha terra, porque queria ver um show de um ídolo meu, no mais famoso e clássico carnaval fora de época da cidade.

Meu pai, que tinha ido dias antes, pegou um carro emprestado para passar a semana, por lá, para poder se locomover, e eu fui mais no final daquela semana.

É de praxe, que toda vez que íamos à Fortaleza, ir visitar o meu avô. E naquela semana, anunciei que iria está em Fortaleza e iria visitá-los, só para não chegar de surpresa.

No dia que fomos realmente realizar a visita, e pelo horário de almoço, decidimos levar uma frango assado mais refrigerantes, achando nós que iríamos chegar já atrapalhando o almoço alheio.

Mas eis que quem levou a surpresa? Meu pai e eu. Quase todo mundo havia ido para a praia, mesmo anunciando que iria lá, visitá-los.

E quem não foi para praia, só eu sei o tamanho da cara de mau-humorada estava de quem ficou em casa, pois o marido, um tio meu, estava de saída de viagem com um irmão do meu pai, outro tio.

Sabe o que me deu vontade de fazer com o tal frango assado, ao me deparar com aquela recepção? Jogar no lixo e dizer que nunca mais pisaria naquele local, por má-recepção. Ou melhor: nem era para ter descido com aquele frango logo. Era para ter analisado melhor o ambiente e qualquer coisa errada, ter partido rumo ao Maranguape, que com certeza, lá teria, e sempre tenho, uma recepção melhor.

Nunca mais cheguei lá em horário de almoço, em outras visitas que fiz. E mesmo que chegasse, lá é que não iria almoçar. Comeria em qualquer birosca, mas esta foi a única coisa que passei a realizar.

Aquilo sim, é que é receber bem mal, alguém que vai à casa deles, fazer uma visita, viajando mais de 800km e passar por uma desconsideração daquelas.

Depois do que aconteceu neste último natal aqui em casa, ficou mais evidente que, as minhas viagens à Fortaleza ficarão mais escassas e que visitas à casa do meu avô, em breve, se tornarão em chances nulas.

Trouxeram o meu avô para passar o natal de 2014, em minha casa. E pelo que vi dele, e pelas turnês que andam fazendo com ele, não estou tendo uma energia boa. Parece ser uma despedida. Há relatos de quem fala, que dá indícios de que a hora do meu avô, de fazer "a viagem" esteja chegando.

Não, ele não está com grave doença, senão, jamais deveria sair de casa e enfrentar longas viagens. Mas a sensação que tive, foi esta: ele está indo embora.

Tem outros detalhes que prefiro não comentar publicamente. Mas em resumo, se ele tivesse tido, nos últimos anos, uma assistência melhor de seus familiares que moram direto com ele, com certeza, ele não estaria no estágio que está de saúde e passaria dos 100 anos com louvor.

E quem deveria reclamar de má-recepção nas casas, este seria eu. Mas antes tarde do que nunca.

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