domingo, 20 de abril de 2008

Minha viagem à Fortaleza

Entre os dias 11 e 16 de abril, dei uma viajada para a cidade de Fortaleza, pois já estava precisando respirar os ares da minha cidade. Já estava precisando mesmo em ir pra lá, tanto que meu pai e eu quase formos no mês de março. Só não aconteceu, porque fiquei sabendo de um show de Netinho por lá no dia 12 de abril, então, por conta desse show, me fez decidir que eu iria para Fortaleza e unir o útil ao agradável.

Saímos de Carpina/PE por volta das 6h da manhã do dia 11. Meu pai ainda iria aproveitar a viagem para fazer uma visita numa fábrica em João Pessoa, na Paraíba, por volta das 8h da manhã. Ele me disse que só seria uns 15 minutos de conversa, mas acabou tendo foi mais de 1h e meia. O tempo ia passando e eu já fui ficando estressado com aquela demora. Eu tinha que chegar cedo em Fortaleza, para poder comprar o meu ingresso no Mucuripe Club. Meu pai sabe que odeio atrasos. Simplesmente, me deu vontade dele pegar o caminho de volta, pois naquele momento já estava desistindo da viagem. Eu já estava controlando o meu estresse colocando as mão sobre minha cabeça e tentando respirar, pois isso me dá logo uma falta de ar, apesar de não ter asma. Até chorei por conta disso. Mais uma vez ele me viu numa situação super constrangedora. Quando ele me disse que iria passar em outro lugar, já sabia que haveria atraso na viagem e já fiquei logo emburrado, porque sabia que esta visita ia demorar. Foi o que aconteceu e achei isso uma super falta de respeito comigo, e mais uma vez.

Voltamos a continuar a viagem por volta das 9:30. Nesta hora, se não tivéssemos parado, já estaríamos próximo de Parnamirim/RN, que só passamos por lá às 11:30.

Assim que cheguei em Parnamirim/RN, liguei para o meu amigo Jean Marcelo, que estava doente com uma virose braba, para lhe dizer que estava perto dele. Mas não foi possível nos encontrarmos, nem na ida, muito menos na minha viagem de retorno para Pernambuco.

Tínhamos acabado de passar
próximo desta chuva.
Ao pegarmos a BR-304, vejo que o tempo no céu estava fechado. Muito nublado, tanto que até rolou um trovão. Durante o trajeto, pegamos algumas chuvas, até cruzamos com um carro que tinha acabado de se acidentar, próximo à uma ponte, pois o seu condutor ainda estava em seu interior, mas não foi nada grave. O caro deve ter derrapado e saiu da pista. A sorte dele que foi antes da ponte. A primeira ponte na BR-304, onde há curvas. Nesta hora pegávamos a 1ª chuva da viagem, no estado do Rio Grande do Norte.

Os açudes que surgiam no caminho, que já havia visto totalmente secos em outra oportunidades, estavam completamente cheios. Um, até que na ida estava abarrotado de água, estava seco quando retornei na 4ª-feira: acho que a barreira não suportou a pressão da água e rompeu ou então a água se infiltrou na terra. O sol neste caso, não teve tanta força para evaporá-la. Só para se ter uma idéia, este açude tava tão cheio, que a água alcançava as folhas de uma mangueira. E este mesmo lago, na minha volta, estava seco.


Ponte destruída em Lages/RN, na BR-304.
Logo na entrada da cidade de Lages, nos deparamos com um desvio: uma ponte foi arrastada e estava completamente destruída. A sorte que ao lado, havia uma via normal, para quem vai para o centro de Lages.

Após a cidade de Fernando Pedroza, pegamos um "toró" de chuva mais forte. Tão forte que podia se perceber vapores surgindo da pista. São esses vapores, esses choques térmicos entre o calor e o frio, que estragam o asfalto, ocasionando assim os buracos, porque eles vão rachando e com o tráfego de veículos mais pesados, acabam por quebrarem a crosta asfáltica.

Agora, um fato me chamou atenção e até me amedontrou: ter que cruzar a ponte sobre o Rio Assú, que é uma ponte longa e estreita. Nunca vi aquele rio tão cheio, quase cruzando a ponte por cima, pelos anos que já cruzei ela. Na última vez que cruzei-a, foi no final de julho de 2007 e ela estava só com pequenos riachos, quase que imperceptíveis. Em Mossoró, já estavam tampando os buracos que já tinham surgido na estrada.

Ponte sobre o Rio Assú ou Açú/RN.

Foto aérea da ponte que tivemos que cruzar.


Só para lembrar: a BR-304 está melhor atualmente para se dirigir do quê há 2 anos atrás, que até dava um certo desânimo na viagem quando entrávamos nela. Agora, quem precisava ter suas estradas reformadas, é o estado do Ceará. Lá, as estradas, realmente estão precisando de um pouco mais de atenção das autoridades responsáveis pela manutenção.

Meu primo, Simão Paiva.
Engraçado foi que quando chegamos próximo há uma blitz policial, um guarda manda a gente parar. Mas aconteceu um fato super engraçado: o chefe desta operação nada mais era o meu primo Simão Paiva, que meu pai reconheceu de imediato. Simão foi o 1° parente que vimos neste encontro casual e até de surpresa, pois nem ele sabia que naquele Celta prata, que foi parado, estava dois parentes seus: seu tio, Enos Paiva, e eu. Enquanto isso, o guarda que nos parou, que achou que ia abafar, só ficou olhando a cena. Quem abafou fomos nós, hehehe...

Chegamos em Fortaleza por volta das 18h e tendo que suportar os famosos engarrafamentos do horário. Fomos direto para o Mucuripe Club comprar o meu ingresso para o show do Netinho no dia seguinte e de lá, fomos para a casa da Tia Loíde.

Ainda nesta noite, ainda tive que ouvir do meu primo Levi, um conselho: "Cuidado lá no Mucuripe Club. Lá não é brincadeira não... mas tu está acostumado, né?" Como é que alguém pode me dá um conselho desses? Será que ele sabe que lá é um lugar perigoso? Acho que ele nunca foi lá. Pois o que vi no Mucuripe Club, é um local maravilhoso. Gostei do lugar. E outra que acho que Levi não sabe: Nesses tipos de shows, todos são revistado na entrada e no Mucuripe Club, ainda há um detector de metal, como nos aeroportos, além de ser cheios de seguranças.

"Levi, você está precisando freqüentar um pouco a noite e esses lugares. Não vá pelas bocas das pessoas. Só saberei se o lugar é ou não perigoso, só se eu freqüentá-lo. Se achar que o local não é brincadeira, é só não voltar lá. A vida é curta. Aproveite ela ao máximo. Tire um momento para certos eventos que você tem interesse em ir".

No dia seguinte, Tia Loíde chamou parte da família para um almoço. Também, já fazia uns quase 4 anos que não via aquela gente toda reunida. Aquela reunião me lembrou o antigo apartamento da tia Loíde, quando era mais fácil aquelas reuniões, e ainda tinha a presença da minha avó.

Logo após todos terem ido embora, eu peguei o beco também. Fui para a casa do meu tio David e de lá, fui para o Mucuripe Club. Até deixei por lá, um tecido camuflado para que a minha tia Valéria fizesse uma calça e uma bermuda pra mim. A calça deu tempo fazer, mas a bermuda, irei pegar numa próxima viagem, talvez em julho, na época do Fortal.

O relato sobre o show de Netinho, no Mucuripe Club, está logo num post abaixo aqui no blog.

No domingo, tirei para fazer outras visitas familiares. Fui para Maranguape, almoçamos na casa da minha tia Fátima "Toba", revi meu primo Quinzinho... Depois, fomos à casa da tia Lucinha, mas foi coisa rápida e de lá, seguimos para a casa do meu avô, com esperança de usar o computador da Débora, que estava queimado. De lá, seguimos até o nosso antigo restaurante e depois voltamos para casa.

Meu primo Quinzinho e eu, na cama.

Beatriz, sobrinha do Quinzinho.

Débora David (24), minha tia.


Douglas David,
filho da Daniela com Juvêncio.


Estava todo inspirado em chegar, tomar banho e tentar relatar algo sobre o show de Netinho, usando o PC do meu primo Levi. Até que entrei na internet, mas só que acabei perdendo o sinal e a internet caiu, sem retorno. Fiquei tão puto, que decidi ir dormir. Isso já era umas 19:30. Nunca mais tinha dormido tão cedo assim. A última vez que isso aconteceu, foi no dia 30 de novembro de 2003, quando voltei de uma temporada de 15 dias no Rio de Janeiro, e de ter ficado mais de 24h acordado. Se soubesse que ia ficar sem internet, teria ido ver o show gratuito do Roberto Carlos, na praia de Iracema, que tinha até combinado em ir também.

Na 2ª-feira, no final do dia, pedi pro meu pai me levar ao Shopping Iguatemi, pois tinha passado todo o dia sem fazer nada. E fico meu sem jeito ter que ocupar o computador alheio. Tanto que quero comprar logo um notbook e tirar um claro 3G, só para poder acessar a internet ao meu modo.

Na 3ª-feira, decidi sair com meu pai e andar um pouco, para não me dá uma vontade de entrar na internet. Almoçamos na casa do meu tio David e fiquei a tarde por lá, pois meu pai teve que retornar na fábrica que ele havia estado pela manhã. Só que a hora da despedida vinha chegando. Meu pai até me chamou e eu fiquei meio travado. Calcei os sapatos meio de embromando, fazendo hora, me levantei e fui ao quarto do Lucas.


Fiquei um tempo vendo o Lucas fazendo suas presepadas, sem ele ter percebido que eu estava na janela, vendo tudo. Quando ele me viu, eu dei tchau pra ele e saí de um jeito até apático, sem pensar na situação. Saí até sem ver o Hélio, e achei melhor assim. E ainda tive que engolir o choro dentro do carro, mas a garganta secou. Tentei até tirar umas fotos, até para me distrair, mas elas não ficaram boas e as exclui da máquina.

Eu com...
Lucas e Hélio.




Sempre que olho para o Hélio, me lembro que eu não gostava muito dele, porque ele era insuportável. Eu implicava mesmo com ele, chamava-o de doido e tudo mais, só porque ele não falava. Aliás, alguns primos e eu, quando o víamos quando éramos criança, chamáva-o de "Lá vem o doidinho". Quando o Hélio se metia nas nossas brincadeiras, eu simplesmente esbarrava e empurrava ele. Tudo de propósito, só pra fazer ele chorar, pois não gostava da presença dele. Eu era muito ruim quando era criança. E hoje, quem chora, sou eu: choro de saudades, choro de imaginar ele falando algo e eu sem entender o que ele quer dizer, pois com ele, tem que ser bom de mímica. Mesmo com tantos mal-feitos meu com ele quando criança, ele não tem raiva de mim. Muito pelo contrário: ele faz a festa quando me vê. Mas nunca esqueci de umas mãozadas que ele me deu nos olhos, em novembro de 1992, onde passei alguns minutos sem poder abrí-los e gritava que ele tinha me deixado cego. Hélio, ele tem quase 20 anos, mas é super puro. Se ele errar, pode ter certeza que é ingênuidade de criança. O mesmo vale para o Lucas, quem nem parece que já carreguei este menino nas costas, lá na Praia do Caça & Pesca.

Na manhã seguinte, acordamos às 5h da manhã e saímos do condomínio as 5:40. Pegamos a estrada. Na altura da cidade do Euzébio, minha tia Loíde nos liga, pois ela achava que não iríamos sair antes dela acordar. Meu pai, estando sozinho, até pode fazer isso, mas comigo, as horas deverão ser respeitadas. Se atrasasse uns 15 minutos, como ela mencionou, já atrapalharia e muito, devido o trânsito matinal. Mas se fosse nós que tivéssemos que pedir para atrasá-la em 15 minutos, ela não ia gostar. Se quisesse nos ver sair, que acordasse na hora exata que acordamos. Um dia para fazer isso, não iria alterar a rotina do sono, pois sempre que há visitas aqui em casa, nós acordamos cedo, preparamos o café para ela, se no caso a viagem dela for pela manhã. Só vim tomar café, por volta das 8h da manhã, quando paramos em Aracati, e nesta parada, tirei algumas fotos.

Não sei se teria acontecido isso, mas acho que se tivéssemos saído da casa da Valéria, provavelmente ela iria acordar cedo para fazer um café para nós. Só sei que na casa do meu avô, com fome, eu não saía, com certeza.

Uma coisa que sempre me irritou, foi um certo comentário na casa da tia Loíde: "O Bruno come tão devagar. O Bruno come tão pouco, por isso que é magrinho". Claro que sempre que escuto este tipo de comentário, não importa quem fez e o local onde foi comentado, a 1ª coisa que me dá, é um travamento, perco logo o apetite. Para evitar demorar muito comendo e chamar atenção de terceiros do jeito que como, prefiro botar pouca comida no prato. Pra mim, cada pessoa tem o seu tempo próprio para degustar a comida. Ninguém tem que ser igual à ninguém. Não gosto deste tipo tipo de admiração para comigo.

Voltamos para Carpina/PE, no dia 16 de abril. E comigo, trouxe uma gripe, que por sua vez, já está se curando, sem ter que precisar de tomar remédio.

Voltando para Pernambuco:
Parnamirim/RN



BR-101, com vista para João Pessoa/PB


Ainda retornarei para Fortaleza este ano. Não sei se em julho ou setembro ou nos dois meses citados, devido aos shows de Netinho. Tenho que decidir isso logo, pois a minha viagem para a gravação do novo DVD do Netinho, que seria em julho, agora será em outubro, e tenho que economizar dinheiro para isso, pois a gravação será em 2 dias.

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