quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Fácil de entender, mas difícil de explicar

Assim que acordei hoje pela manhã, peguei meu celular e fui me atualizar no Facebook.

De repente, me deparo com um certo "comunicado importante", na fã page de um grande cantor da MPB, escrito pelo produtor deste artista.

Apesar de ser um desabafo, suas duras palavras, na verdade é aquilo que penso. Concordo em partes. Mas criou-se uma polêmica entre os fãs.

Eu só fui à 1 show deste cantor, e nem foi um show normal de turnê. Foi uma apresentação especial, em voz e violão, que ocorreu no início de agosto de 2010, em Recife.

Suas palavras, me fez refletir sobre o que já tenho visto em relação ao meu ídolo. Tinha sim, consciência de determinados eventos que dava e não dava ser consentido a entrada no camarim. Sempre nas capitais, optava por não entrar, pela grande quantidade de fãs, querendo ir ao camarim, além dos de sempre. Até que chegou um tempo, e com mudanças, optei por me afastar e reavaliar as coisas.

Como o artista não tem a obrigação em receber fãs antes ou após o show, que por muitas vezes, são caríssimos, bem como seus discos que o fã compra, também não sou obrigado a continuar indo aos seus shows, comprando seus discos ou seja lá o que for, vindo deste artista.

Já falei em outras ocasiões que, o fãs, antes de tudo, é um cliente daquele artista. Alguns, até se associam à fãs-clubes por causa do mesmo.

O fã fica sabendo de um show. Procura saber o valor do ingresso, e se depara com um valor altíssimo. Os mais caros, são mesas que ficam diante do palco e muitas vezes, quem está sentado nelas, não são fãs como quem está lá no fundão, em pé, e que não tinha condições de pagar mais caro para ficar mais próximo do seu ídolo juntamente com seu grupo.

Além disso, há o deslocamento de sua casa ao local do show. Se não tem carro, vai de ônibus, correndo riscos de ser assaltado na ida. Ainda tem que enfrentar longas filas para entrar, tendo que suportar um monte de gente com o mesmo propósito. Após o show, se não tiver o dinheiro para o táxi ou conseguir uma carona para voltar pra casa, tem que esperar a hora em que os ônibus comecem a circular normalmente no dia seguinte. E novamente, correndo riscos de ser assaltado.

Para quem vai de carro, há aquela dificuldade de se encontrar um estacionamento. Caso a casa de show fique próximo de algum shopping center, o seu estacionamento é o mais recomendado. E ainda tem o alto valor mínimo de permanência, e mesmo assim, o estacionamento ainda afirma que não se responsabiliza por objetos deixados dentro do veículo. Também corre-se o risco de ser assaltado durante o percurso.

O fã, que poderia empregar aquele dinheiro para aquele show, poderia investir em outra coisa. O investimento completo, só acontece quando o mesmo chega ao camarim e encontrar o seu ídolo, tirar uma foto, pegar um autógrafo.

Só que tem fãs que não respeitam certos limites. Se o cantor fizer 1 semana de show na cidade, nos 7 dias, 7 vezes indo ao camarim, 7 vezes tirando fotos e exibí-las em suas redes sociais, como se fosse um troféu conquistado. E por aí vai. Só que isso acaba comprometendo quem sonha há anos por realizar um encontro desses. E por causa disso, começa as frustrações, os atritos e os afastamentos.

Alguns artistas, que não querem ter contato com os fãs, enchendo seu saco com fotos e mais fotos, autógrafos, agarra-agarra, etc, chegam ao local do show no exato momento de começar, desce da van e passa as pressas para a área restrita. E no fim, quando se ainda está tocando os últimos acordes, o mesmo sai sem ser percebido direto pra van, frustrando assim, aquelas pessoas que foram com intenção de chegar mais perto do ídolo.

Se o artista está onde está, é porque tem público. O público que se achar que está sendo mal tratado, seja por seu ídolo ou por alguém ligado à ele, passará a repensar nas coisas e se afastará.

As vezes, é necessário alguém com coragem que diga a verdade, por mais que aquilo polemize as cosias, para ver se com aquilo, o fã se toque que, mesmo que siga-o nas redes sociais da internet, não quer dizer que ele seja um amigo seu.

Por mais que seja dura as palavras no texto na página do Facebook deste cantor, é o que acontece de verdade nos bastidores. Ter que atender centenas de pessoas, além das horas de show, não é obrigação dele mesmo. Nem eu sou obrigado em ir à camarim, só porque fui ao show, bem como, não sou obrigado a gostar daquele artista.

Pessoas que estão criticando a mensagem, é porque são aqueles fãs que no fundo, acham que tem obrigação de ser recebido pelo menos, no camarim.

Só acho que é preciso um pouco de equilíbrio por parte dos fãs, principalmente com esta onde de seguí-los nas redes sociais, na internet.

É fácil de entender, mas difícil de se explicar para aquelas pessoas que não aceitam certas coisas.

Agora, se for incomodo visitar o cantor no camarim, para quê que vou ao show, seu meu propósito final é esse? Pego o meu dinheiro e invisto-o em outra coisa.

No fim, quem sairá perdendo, não sou eu.

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