sábado, 12 de outubro de 2013

Feliz Dia das Crianças

E na época que os vídeo-games explodiram, eu nunca tive algum, para brincar nas férias e finais de semana. Por isso que não sou um adulto viciado em games.

Também não tinha computador, nem tablet.

A minha distração, era ouvir meus CD's e dançar nas minhas horas de folga do colégio, trancado em meu quarto. Nem DVD existia e tive muito poucos VHS, K-7 e LP's.

Não tinha amigos a partir do condomínio onde morei, por incompatibilidade de gênios com os outros. Nem por isso hoje, me considero solitário.

Não ia à shows, nem micaretas em pleno auge.

Montava meu "Ferrorama" e o deixava lá no chão por duas semanas no período de férias, e brincava com meus carrinhos, inventando historinhas. Caso não, era o dia com a TV ligava.

Na hora marcada, ligava para ver o Chaves, o Chapolim, e não estava nem aí para a Caverna do Dragão, He-man e She-ra.

Todo final de semana, ia à casa do meu avô, quando ainda era de taipa, quase no meio dos matos. Tomava banho de riacho, quando o mesmo era mais limpo

Subia nos tijolos do meu avô, amontoado debaixo de um pé de mangueira. Havia até uma grande cruz, que até hoje, não sei qual a explicação da existência dela por lá, que já não existe mais, depois que construíram uma escola pública no local. Nas construções, brincávamos de equilibrista nos tijolos.

Quando não brincava com minhas tias e primos, nas areias, vermelhas e de outras cores, da construção lá do grupo, trepávamos em árvores dos terrenos alheios, e simulávamos está num ônibus do Santa Maria, até quebrarmos os galhos.

Matávamos cobras e sapos. Tirávamos água da cacimba e nos sujávamos de lama.

De vez em quando, dávamos uma desaparecida e íamos passear pela Mucunã, todos inocentes, sem nos preocuparmos com as periculosidades humanas que existe hoje nas ruas.

Nas piscinas, a curiosidade de ir avança para o lado mais fundo, foi derrubando o medo que tinha de me afogar. Nas árvores, não subia mais que do meu limite, por medo de cair, e também, por receio de cruzar com alguma cobra enroscada nos galhos. Mesmo assim, subia alto.

Arengava com meus primos. As vezes saia porrada. Nem por isso deixei de gostar deles. Só depois de adultos é que vão surgindo as incompatibilidades de gênios. Então, o melhor mesmo para evitar atritos, é manter-se uma certa distância.

Na praia, mesmo criança, já ia além da arrebentação das ondas, enquanto via alguns primos tendo que obedecer ordens de ficar no máximo no calcanhar por onde caminhava um cidadão. Com outros, ganhava o mundo, pela dunas, grutas e falésias. Ficava exposto ao sol quente, sem me preocupar, mesmo depois de ter sofrido com uma insolação.

Cheguei um tempo de ter ficado tão exposto ao sol, que no dia seguinte, veio uma chuva. Adorava tomar banho de chuva. Quando notam, estava saindo fumaça do meu corpo. Isso é fato. Aconteceu em abril de 1993.

Tinha ficado no sol a pino e o dia seguinte, teve chuva. Com o corpo quente e com o resfrio do dia seguinte, houve esta reação de ficar fumaçando, literalmente falando. Ao menos não era de raiva.

Enfim, tive uma infância bem liberta do que de muitas pessoas, que por motivos de saúde, tinha suas limitações.

Fui feliz quando criança. E ter felicidade desde a infância, pode refletir num adulto com bom humor. Só não demonstro meu bom humor para quem não as tem. Aos maus humorados, só devolvo um pouco do seu humor dispensado.

Revendo as fotos de antigamente, por mais que alguns não gostem, muitos esperam pelas novas postagens e só assim, matam as saudades daquele tempo felizes. Não que hoje sejamos infelizes, mas a felicidade dos tempos de criança, é mais intensa.

Muito bom quando alguém curte, comenta e relembra do passado. Até compartilha. Fico feliz com isso. Há quem não tenha gostado, se incomodaram e reclamaram, porque havia mencionado seu nome. Só tenho muito a lamentar.

A gente menciona, sem com tanto carinho e de repente pede para ter o seu nome desselecionado. Não sabia que aquilo iria incomodar a pessoa. Tanto que quando isso acontece, a gente fica com tanto desgosto que o jeito é retirar a foto, só pra ter mais raiva. No fim, quem perde, não sou eu.

Nem aí para as infelicidades alheias. Só me interessa a minha e de quem vem ser feliz comigo.

Tinha tudo para ser antipático. E o pior que é assim que me acho que sou. Até eu não sabia que era tão simpático assim. Sempre me vi ser uma pessoa apática.

Cai agora um chuva. Vontade de ir me banhar nela e voltar a ser criança, com 31 anos.

31 anos, isso é idade. Não importa a sua idade. O que vale é a criança que está dentro de nós. E isso pode influenciar e muito, na sua aparência. A felicidade renova. O estresse, só faz envelhecer mais rápido.

Como uma pessoa estressada que também me considero, passei a me controlar mais, depois de um certo alerta que tive.

Que todos tenha um feliz dia das crianças.

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