domingo, 2 de março de 2008

12 Anos sem a Banda Mamonas Assassinas

O dia era 2 de março de 1996, dia em que foi reapresentado o último capítulo da novelas das 18h da Rede Globo, "História de Amor". No mesmo dia e hora de exibição da novela, eu estava brincando com meus carrinhos de ficção que tinha comprado na manhã daquele dia, numa loja próxima ao meu colégio na época, o General Osório, pois houve uma reunião de pais e mestres.

E nesta mesma época, eu estava sobre o efeito "Mamonas Assassinas", onde cheguei até a recortar reportagens da banda que saía em revistas e jornais, além de comprar revistas exclusivas onde só tinha a banda. Nesta época, a banda havia me conquistado de uma forma meteórica, que em dezembro de 1995, mais precisamente no dia 22, logo nos seus primeiros 6 meses de existência e 1 mês depois de ter comprado o CD, estive presente no show deles, realizado no Estádio "Castelão", em Fortaleza/CE.

Mais ou menos, por volta dessas horas - 11:40, há 12 anos atrás - a gente nem podería imaginar da notícia bombástica que iríamos receber no dia seguinte, e muito menos pra eles da banda, o que poderia acontecer logo mais naquela noite, onde realizaram, literalmente, o último show da vida deles na cidade de Brasília/DF.

Nesta época, eu tinha na cabeceira da minha cama, várias revistas e uma pasta, onde colocava outros materiais sobre "Mamonas Assassinas", como uma espécie de proteção, amuleto. O meu fanatismo pelos "Mamonas" chegou mais além do que pelo próprio Netinho, naquele período.

Pois bem: aparentemente, o dia 2 de março de 1996, foi como um dia como qualquer outro. Mas mal sabíamos que, por volta de 23:37, acontecería algo na cidade de Cantareira, no interior de São Paulo, que virou notícia mundial e parou o Brasil.

A notícia teve talvez a mesma repercussão, se não a maior, em relação ao acidente e falecimento do piloto Ayrton Senna, em 1° de maio de 1994, pois a Banda conquistou um público e fama com uma rapidez quanto foi a permanência deles, dentro deste sucesso.

A Banda ficou conhecida oficialmente, a partir de julho de 1995, quando começou as apresentações em TV, onde praticamente se tornaria atração fácil de ser vista.

Foram somente pouco mais de 7 meses, entre o início e o encerramento do sucesso. A partir do dia 3 de março de 1996, a banda só ficaria na memória dos brasileiros. E toda a riqueza que eles conquistaram, simplesmente, nada levaram.

Não sei se hoje, irão fazer homenagens à eles, nos programas de TV onde eles mais apareceram, até porque, já se passaram 12 anos e o público adolescente atual, com seus 12 anos, talvez não se interessem por essas homenagens, porque eles não viveram o período "Mamonas Assassinas".

Agora pergunto-lhes: Se eles estivessem vivos, será que a banda ainda existíria nos dias atuais?

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História

Em 1989 os irmãos Samuel e Sérgio Reoli, junto com Júlio Rasec e Bento Hinoto, formaram uma banda de rock chamada Utopia, especializada em covers de grupos como Legião Urbana e Rush. Em um show, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N' Roses, e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Dinho voluntariou-se para cantar, e com sua performance escrachada fez o público rir, sendo aceito no grupo.

O Utopia passou a apresentar-se na periferia de São Paulo e lançou um disco que vendeu menos de 100 cópias. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e músicas de paródia eram mais bem recebidas pelo público do que os covers e as músicas sérias. Decidiram, então, mudar o perfil da banda, a começar pelo nome, escolhido por ser o mais engraçado, e que cita mamona como sinônimo de seio (tanto que o grupo criou a tradução para inglês "The Big Killer Breasts", peitões assassinos).

Mandaram uma fita demo com as músicas "Pelados em Santos" e "Robocop Gay" para diversas gravadoras, e Rafael, filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares e baterista da banda Baba Cósmica, insistiu na contratação. Após assistir uma apresentação do grupo em 28 de Abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os Mamonas.

Após gravar um disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek), os Mamonas saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia e tocando mais de cinco vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. O cachê dos Mamonas tornou-se um dos mais caros do país, R$50 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda.[carece de fontes?]

Os Mamonas preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de Março de 1996. Porém em 2 de Março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o Learjet em que viajavam chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremetida, matando todos que estavam no avião. O enterro no dia 4 de Março fora acompanhado por mais de 65 mil fãs.

Fora anunciado um filme da história da banda, baseado em Blá, Blá, Blá - A Biografia Autorizada dos Mamonas Assassinas de Eduardo Bueno, e a ser dirigido por Maurício Eça.

Membros

* Dinho (Alecsander Alves) - nascido em 5 de março de 1971 em Irecê, Bahia.
* Samuel Reoli (Samuel Reis de Oliveira) - nascido em 11 de março de 1973 em Guarulhos, São Paulo.
* Júlio Rasec (Júlio César Barbosa) - nascido em 4 de janeiro de 1968 em Guarulhos, São Paulo.
* Sérgio Reoli (Sérgio Reis de Oliveira) - nascido em 30 de setembro de 1969 em Guarulhos, São Paulo.
* Bento Hinoto (Alberto Hinoto) - nascido em 7 de agosto de 1970 em Itaquaquecetuba, São Paulo.

(FONTE: Wikipédia)

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Como passei por esta experiência de perder um ídolo tragicamente para a morte, no dia que a imprensa divulgava informações sobre o acidente aéreo com os "Mamonas Assassinas", eu pensei muito em Netinho, pois naquela época, mantinha o meu sonho de ficar ao lado dele. Mesmo já tendo realizado isso atualmente, mesmo assim ainda tenho medo que tudo isso se repita, pois quando Netinho sumiu, eu perdi praticamente as esperanças de tudo na vida, que voltei em tê-las após o seu retorno. E por conta do que aconteceu com os "Mamonas Assassinas", desde aquele dia, eu tento não me apegar à nenhuma outra pessoas: famosa ou não, pra não ter que ter a sensação de perder um ente querido da família e sofrer com aquela dor do adeus. Se tiver que passar por isso de novo, que seje somente através de Netinho, mas que demore bastante, bem muito, pra que isso aconteça, pois não sei como irei me comportar caso tudo isso se repita.

2 comentários:

  1. Depois de mais de 1 ano que escrevi este post., chegou-me este e-mail, abaixo. Vou elaborar algumas questões, abaixo do texto do e-mail.

    Quaisquer outras perguntas além das que falei abaixo, podem fazer no comentário deste post.




    Olá Bruno Rhavani!

    Vc deve está se pergutando quem sou eu, como sei seu nome, e o que qero com você, certo?
    pois bem, vou me apresentar e contar um pouco do que me levou a te enviar esse email.

    Me chamo Ívila Viviane, moro em Fortaleza e chegei ate vc pelo seguinte motivo:
    Sou estudante de Jornalismo (6º semestre) das Faculdades Cearenses - FAC, estou cursando uma cadeira de rádio onde eu e e minhas amigas de equipe iremos fazer uma programa de rádio documentario sobre Os Mamonas Assassinas. conversamos com nossa professora e ela disse que seria bem legal colocar uma entrevista com algum fã que tenha feito ou faça parte de algum fã clube ou que tenha ido ao show deles aqui em fortaleza, que aconteceu no castelão.
    Pois bem, em uma longa maratona de buscas pela net por essa pessoa esbarei no seu blog que tinha um post em comemoração aos 12 anos de morte deles e lá vc contava que foi muito fã deles que foi ao show deles aqui em fortaleza.
    Olha o link do seu blog:

    http://brunorhavani.blogspot.com/2008/03/12-anos-sem-banda-mamonas-assassinas.html
    Opa, Maravilha! encontrei a pesssoa, VOCÊ!

    estou escrevendo esse email para le perguntar se existe a possibilidade de vc nos consender uma pequena entrevista (só umas perguntinhas) sobre essa epoca sua de fanatismo pelos Mamonas Assassinas.
    não se preocupe, iremos apenas colocar uma trechinho da conversa no nosso programa.

    Bruno agradeço, desde de já sua atenção, peço desculpa pelo incomodo e fico no aguardo de uma resposta sua.
    se caso for sim, por gentilesa, nos responda esse eemail e acrecente seu telefone para que nos possamos entrar em contato com vc para combinar um dia e local para o papo.
    se caso for nao, por gentileza, nos responda dizendo para que possamos procurar outra coisa para colocar no lugar da entrevista, ou quem sabe se vc nao puder e conhecer alguem nas mesmas condições que vòcê (que tenha ido ao show, ou que seja muito fã) nos avise por favor.

    Qualquer duvida, ou mais informações pode ligar para 4008-8237 esse é meu numero do trabalho (ligue em horario comercial 08:00 as 12:00 ou de 14:00 as 18:00) estarei disposta a tirar qalqer duvida sua.

    muito obrigada pela atenção


    Ívila Viviane



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  2. 1) Bom, como comecei a gostar dos Mamonas Assassinas?

    Foi meio que por acidente. Na época, lá pelos anos de 1995, ouvia muito a Rádio Joven Pan, que vez por outra, sempre tocava algumas músicas engraçadas, e entre elas, estava as músicas dos Mamonas.

    E passei muito tempo ouvindo a música "Vira Vira", sem saber de quem ao menos se tratava.

    A ficha só caiu, quando ouvi a mesma música numa rádio concorrente. Aí foi quando eu, de certo, soube que àquelas músicas nada tinham haver com a Rádio Joven Pan.


    2) Show no Estádio Castelão:

    Foi no dia 22 de dezembro de 1995. Foi o único show deles em Fortaleza e que fui. Vi tudo lá na partes das cadeiras, que ficam embaixo das arquibancadas.

    Foi simplesmente, divertido. Só quem esteve lá, sabe a emoção em está naquele inesquecível mega-evento.


    3) Se eu já recortei entrevistas ou colecionei fotos?

    Sim, até hoje os tenho guardados. E ficava sempre de olho na TV quando eles iriam aparecer.


    4) Sobre a morte trágica deles, o que senti?

    Já estava tão envolvido com este fanatismo por eles, que foi como se perdesse um amigo bem próximo.

    Aliás, foi uma perca difícil de ser aceita, pois até hoje, acho que eles poderão reaparecer de forma meteórica, como eles surgiram.


    5) Se eu já fiz parte ou tenho algum fã clube dos Mamonas Assassinas?

    Não, nunca tive um fã-clube como nunca participei de algum. Não deu tempo pra isso. E não tive vontade de participar de um fã-clube, sabendo que o grupo não existe mais.

    Talvez, hoje em dia, este fanatismo poderia até ter se "esfriado", pois apesar do sucesso do grupo, se não tivesse ocorrido aquele acidente, talvéz a banda nem mais existiria, por desgaste natural da fama... Ou não.

    Acho que o sucesso da banda foi a ousadia que eles tiveram praquela época, de por músicas com certas letras nunca antes imagináveis de serem executadas em rádio e TV.

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