segunda-feira, 6 de julho de 2009

O preconceito para a gripe

Este ano, fomos surpreendidos com uma nova espécie de gripe, vinda dos porcos.

Conhecida como gripe suína ou AH1N1, tem preocupado todo o planeta, e foi decretado como pandemía. Requer todos os tipos de cuidados possíveis com ela. A pessoa contaminada deve se manter isolada, usar máscaras e evitar lugares aglomerados de pessoas.

Mas isso ocasionou uma nova espécie de preconceito, até mesmo em relação às gripes mais conhecidas. Até mesmo uma crise alérgica à pó, que lembra muito uma gripe, também não escapa.

Eu sei o que é ser vítima de preconceito. No meu caso, foi por conta da gripe que peguei no mês de maio. Sabía que não era suína, e sim porque peguei sol e chuva. Com o ar pulíndo, ao pegar aquela chuva, desceu tudo quanto foi de impurezas soltas no ar. E logo depois, fiquei no sol, sentado lá no Marco Zero, em Recife.

Nesta época, a gripe só estava restrita no México e EUA. Então, eu sabía que não estava com ela. E mesmo gripado, mantive minha viagem à Maceió. Mesmo com uma febre de 38º, estava lá no show de Netinho em São Miguel dos Campos. Nesta ocasião, tudo bem.

Já quando foi na semana do show em Itapissuma, mesmo ainda com resquícios da 1ª gripe, fui inventar de limpar meu quarto, que já estava precisando. Só eu sei o quanto de pó foi retirado. Fiquei tão cansado com aquela ocupação, que deixei de terminar a arrumação no dia seguinte. E estava disposto também em arrumar o quarto de hospedes, quando ao meio dia, senti que precisava ficar deitado. Estava meio mole e com certeza fiquei com febre.

A gripe então retornou. Mas desta vez, devido ao excesso de pó que devo ter inspirado, perdi até a voz. E no dia seguinte, tinha que ir até Itapissuma, por conta de mais um show de Netinho.

Para que já tinha um evento para ir, tinha que ficar em casa, descansando, não é não? Mas quem disse que neste dia fiquei quieto? Mesmo fudido, fui à Recife com meu pai. Fui comprar o meu ingresso para o show Cara a Cara 2, e logo em seguida, tive que ir até a cidade de Moreno, pegar o abadá para o show de Netinho, que acabou não acontecendo, nem na nova data marcada. Isto é, acabei fazendo viagem perdida para Moreno, mas já estou com o dinheiro reembolsado.

Na minha passagem em Recife, agravou-se ainda mais tudo. Minha voz, sumiu. Entrei numa loja com ar-condicionado, pois íríamos almoçar nela, eu voltei pra fora, porque estava muito frio lá dentro pra mim. Desconfiei que estava com febre.

Como o show era gratuito, no sábado, eu poderia ter ficado quieto no meu canto. Mas não, fui para o show de Netinho do jeito que estava: gripado, sem voz, tossindo pra caramba, levando chuva, poeira, tomando gelado, e no dia seguinte, no Conselheiro, no ar-condicionado.

Mesmo nem estando aí para o que as pessoas estavam pensando, ao me ver tossindo descontroladamente, eu senti que algumas delas, principalmente aquelas que são mais fáceis de nos encontrarmos, estavam me evitando chegar perto. Não sei se era impressão minha, mas tive esta sensação.

Confesso: estava quase botando os "bofes" pra fora, mas isso não era impedimento e nem desculpas para deixar de ir em mais um show de Netinho. Estava gripado, sem voz, sim, mas não inválido. Senti um pouco de preconceito comigo, por está ainda daquele jeito, mas que não era a tal gripe suína. E se fosse ela, eu nem teria saído de casa, seguindo todas as informações que estavam sendo divulgadas na mídia.

Eu sabía quais foram a origem das duas gripes. Portanto, certas ocasiões que são mal-interpretadas por terceiros, são capazes de se criar certos tipos de intrigas.Não estou dizendo que houve intrigas com alguém, Mas a sensação que tive de algumas pessoas na noite do Cara a Cara 2, me fez sair à francesa, sem falar com ninguém. Além deste detalhe, também houve outro, que não interessa ninguém saber os motivos.

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