quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Minha sina de morar longe de tudo e de todos

Tudo na minha vida acontece de uma forma que não sei porque que é deste jeito: lento e longe.

Que sina é esta, meu Deus? Tudo na minha vida é assim. Por isso que nada acontece, não é por conta de preguiça. É por conta que moro longe das coisas que só tem em cidade grande. Carpina fica mais de 50 km de Recife. Imagine fazer todos os dias este trajeto? Morar no interior, só mesmo quem já é nativo ou quando a situação de uma capital já não tem mais condições.

Quero poder visitar amigos, não dá. Moro longe. Meu pai não me dá o carro, pois ele não tem confiança no próprio filho ou medo mesmo. Minha CHN vence ano que vem, e com esta nova etapa, só mesmo dirigi no final de 2007. De lá pra cá, só no banco de trás agora.

Do mesmo jeito pra ir pegar um cinema, uma praia, etc. Só não pra shows, salvo se alguém me ceder um espaço na sua casa ou encontrar um hotel.

Lá em Fortaleza, foi sempre assim. Cada vez minha casa foi ficando mais longe que meu colégio. Trabalho em grupo, pra mim era um martírio, pois ninguém queria ir à minha casa. Só eu que tinha que me fazer de palhaço pra ir à casa dos outros, porque nenhum deles tinha coragem de ir bater no "cú do mundo".

Aldeota pra Antônio Bezerra ou Maracanaú, é chão. Nem tanto... depende do ponto de vista.

Tudo comigo é longe. Tenho um grande amigo que me chama sempre pra visitar a casa dele. Ele há tempos faz questão que eu vá à casa dele. Mas no dia que ia dar certo, ele não se encontrava em casa.

Aí, o jeito pra ir vê-lo, é aproveitar uma passagem pelo centro de Recife e lhe visitar numa grande de rede de lojas femininas onde ele trabalha. Mas pra mim, no trabalho, as vezes incomoda, mesmo que o movimento esteve zero.

Mas trabalho é trabalho. Passo lá só mesmo pra lhe dar um abraço, mas conversar mesmo, temos que marcar algum dia de sua folga ou final de semana.

Agora que vai começar as temporadas da Fórmula 1, aí acaba de fuder os meus passeios. Pense num vício que meu pai tem. E não dá. Pra sair com ele, sempre fica marcando hora pra chegar logo em casa, pergunta se é "jogo-rápido" e tal, porque tem um jogo ou uma corrida pra assistir. Desmancha o prazer e o lazer de qualquer pessoa, principalmente a minha, que vivo enfurnado em casa, como um prisioneiro.

Simples: ou me dê o carro e fique em casa, ou volte de ônibus, porque eu sei o caminho de volta e deixe o número do reboque, caso surga emergência.

- "Ah, vai dá uma volta lá pelo centro de Carpina..."

Já dei tanta volta nesta porra, que já devo andar melhor de quem nasceu aqui, durante esses 4 anos.

Agora, se eu morasse perto das coisas, das pessoas - falo de uma forma mais acessiva - com certeza seria - acho - diferente.

Acho que é por isso que eu tenho esta mania de num momento, "chorar" por uma companhia, mas quando o mesmo começar a aparecer demais, acaba me cansando e a amizade enfraquecendo. Pode ser que tudo seja fatores e costumes.

Chega, estou cansando desta sina de morar longe de tudo e ... "dos amigos".

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