segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Excesso de Calor

Tava aqui me lembrando do último local onde morava, lá no Maracanaú/CE, antes de virmos embora para Pernambuco.

Era uma sala de escritório que foi adaptada para virar residência, com a frente para oeste, isto é, todo dia tinha o privilégio de ver o pôr-do-sol. Era uma espaço que não havia janelas atrás, muito menos dos lados, só na frente que mal entrava ventilação. Nos fundos, ficava uma pequena metalúrgica.

Acho que foi neste período que minha irritação aumentou. Não tinha outro jeito, de 2002 à 2006, moramos neste local. Não vou me estender muito nos comentários por menores, porque é complicado explicar em detalhes desta história.

Mas resumidamente, morávamos dentro de um forno, porque era um cômodo de 2 ambientes, com um lavabo cada. Cada espaço, ficou um quarto: um pra mim, outro pros meus pais. O acesso, era uma escada estreita com seus degraus um tanto altos demais, que nos últimos dias de morar alí, meus joelhos já reclamavam.

Meu tormento sempre começava de manhã, quando começava as atividades desta metarlúrgica. Máquinas ligadas, sob um teto de metal que só fazía aumentar a sensação de calor. Pior ainda quando chegava à tarde, com o sol torrando o lado externo da parede lateral do meu quarto, aquilo lá dentro torrava.

Banho, só era possível na casa que a gente tomava de conta. Só sei que foram 4 anos de sufoco, pra não dizer humilhação.

Naquela época, senti saudades do apartamento que tanto criticava. Era apertado, mas era uma casa comum. Só quem passou por aquilo, entre 2002 à 2006, vai me entender.

Agora, vendo como o clima hoje está louco, com este excesso de calor, e estou sabendo que lá em Fortaleza, ligaram as fornalhas, e eu pude perceber isso na última vez que estive por lá em Setembro passado. Nunca tinha suado tanto e daqele jeito que ao visitar minha tia no Bairro Carlito Pamplona, implorei por um banho urgente.

Então, se hoje estivéssemos quieto lá no nosso canto, com certeza já não estaríamos mais morando lá. Talvez até com o restaurante ativo, mas não morando naquele local.

E se não era o calor solar que fazía o estrago, era o excesso de chuva.

Quando chovia pra valer, esta parede lateral que pega o sol, ficava totalmente encharcada pelas infiltrações. Isso quando caía água pelo teto ou pelas lâmpadas. Muitas vezes vi o meu quarto alagado por conta de uma goteira.

Mas hoje, posso dizer que moro num "palácio", se relacionar o último ambiente que morei por 4 anos e que terminou a temporada em janeiro de 2006.

A única vantagem, era quando chegava os dias de domingos e feriadões. Sem máquinas trabalahndo, expelindo calor e fazendo barulho, os meus ouvidos ficavam gratos e a paz reinava.

Nenhum comentário:

Postar um comentário