Vale das Flores? Nunca mais visitarei.

Ontem, fiz um passeio com meu pai, que precisava fazer: Serra de Baturité, Guaramiranga, Pacotí, Pico Alto e Palmácia. Em todas as vezes que vim ao Ceará, depois que fui morar em Pernambuco, nunca consegui ir visitar àquela serra. A última vez que estive por lá, foi em fevereiro de 2003.

Muita gente na serra, nas estradas, retornando de viagem, nos hotéis com exeção da Estância Vale das Flores, que estava entregue às baratas, para um último dia de feriadão.

É que passei por uma situação constrangedora lá na Estância Vale das Flores. Decidi que naquele momento foi a última vez que visito aquele espaço, durante a atual administração. Recepção péssima da própria responsável do hotel, que praticamente expulsou meu pai e eu das dependências do estabelecimento.

Mas não retruquei, pois o que vi, mereceu: Como é que num feriadão, mesmo no último dia, uma rede de hospedagem, como esta, não havia ninguém de hóspede, como nos outros hotéis que vi pelo caminho e os que visitei, como o Remanso Hotel de Serra, que estava lotado de gente? Tem algo muito de estranho.

O Remanso está com suas diárias bem caras. Cerca de R$ 300,00, enquanto no Vela das Flores está por menos de R$: 150. Mas devido a arrogância da responsável, me fez decidi que hoje foi a última vez que piso na Estância Vale das Flores, sob esta administração. E apesar de ter sua diária barata, prefiro pagar caro e ter um bom atendimento.

Fui lá, pra ver se depois de 7 anos que visitei a Estância Vale das Flores, mudou alguma coisa. Não mudou nada. Nada alí foi pra frente. Estagnou-se no tempo. Nunca me hospedei, mas sempre que íamos passar um final de semana na Serra de Guaramiranga, visitávamos os chalés de Pacotí. Isso, desde o final da década de 1980. Agora entendi porque minha mãe nunca quis se hospedar lá. Depois do tratamento que tive, nunca mais visito aquele ambiente. Por fim, fiz uma despedida, mesmo não sendo com um final nada agradável.

Quando um cliente é exigente, antes de se hospedar em qualquer rede hoteleira, ele pesquisa, visita o local, observa as instalações antes de uma possível hospedagem, pra ver se lhe agrada ou não. Foi o que fui fazer com meu pai: ver o que mudou nas hospedagens lá da serra: o que melhorou e o que piorou.

Já pensou se fosse um cliente que estivesse, naquele momento, a procura de uma hospedagem de forma urgente, com um ônibus de 45 pessoas, fazendo uma excursão por aquela região? Se eu tivesse fechado a hospedagem e depois ter ouvído o que aquela senhora falou, me impedindo de ver certas instalações do seu estabelecimento, teria cancelado tudo e procurado outro hotel, e faço questão por um mais caro e ser bem atendido.

Foi assim: Meu pai e eu fomos lá visitar. Logo ao entrarmos, levamos um susto por não ter carro algum, logo num dia de feriado. Ou seja, esperávamos que haveria muita gente, se arrumando para pegar a estrada de volta pra casa. E depois que meu pai pegou algumas informações sobre hospedagem, para um possível final de semana que tivesse que comparecer àquela região, caso um dia poderá ser preciso, fomos nos atualizar no que aquele hotel poderia ter mudado em suas instalações. Desde 1988 ou 1989, até os dias de hoje, tudo permanece da mesma forma.

Foi quando já retornávamos para irmos embora, que cruzamos com uma senhora, com uma cara nada amigável e com um tom de voz nada agradável. Entendi que seria a responsável. Ela comentou que seria um prazer em recepcioná-nos, caso o estabelecimento estivesse em funcionamento - mas vem cá: e não estava não? Quer dizer que, só porque os serviços haviam sido encerrados, que o tratamento é apático daquele jeito, de impedir um possível hóspede de conhecer ou de se atualizar nas mudanças de suas instalações?

Todo hotel que estiver com suas portas abertas, mesmo que não haja hóspedes, está disponível para o cliente fazer uma visitação. Hotel que impede que algum possível cliente conheça suas instalações, com ou sem um auxílio de um guia, é porque esconde algo de errado e não quer que ninguém descubra. Só queria era que algum primo meu, que é policial, estivesse com a gente, que o bicho iria pegar.

Durante o meu passeio, no dia 15 de novembro de 2010, pela serra de Baturité, Guaramiranga e Pacotí, visitei 3 hotéis:

Mosteiro dos Jesuítas, em Baturité: recomendo para quem é religioso, mas nunca me hospedaria lá, por opção pessoal. Não sou religioso, nem tenho vocação para isso. Pra mim, só mesmo uma visitação, mesmo pagando uma taxa de R$: 1,00 pela visita.

Remanso Hotel de Serra, em Guaramiranga: este hotel é parada obrigatória para uma visitação, pois pra mim, faz parte da minha vida. Desde 1988 até 1998, uma ou duas vezes ao ano, nós íamos passar um final de semana por lá. Depois, acabamos deixando de ir pra lá, devido algumas mudanças que o destino nos fez passar, mas sempre íamos deixar a nossa presença, nem que fosse uma visita de 2h.

Estância Vale das Flores: no final dos anos 80, sempre via pela TV, a propaganda deste hotel, e comentava que um dia, queria ir lá, me hospedar. Mesmo sempre me hospedando no Remanso, sempre chegávamos por lá, para visitar. Só em julho de 1996, que usei - usamos - os serviços direto deste estabelecimento, devido à uma excursão que havia em Fortaleza: um passeio de trem - litorina - até Baturité e de lá até Pacotí, de ônibus. Portanto, já conheço demais as dependências deste vale.

No ano anterior, em 1995, o meu colégio da época, o 7 de Setembro, fez uma excursão com os alunos, também para a Estância Vale das Flores, mas eu não quis ir. Sabe o que pedi pro meu pai? Passar aquele mesmo final de semana em Guaramirnaga e fazer uma visita aos meus colegas de sala de aula que participaram desta excursão.

Me lembro que uma colega minha, que me viu por lá, achando que estava hospedado no Vale das Flores, me chamou para uma discoteca que havia lá. E pelos anos que frequentava o Vale das Flores, nunca tinha idéia que havia uma discoteca. Ao entrar naquela mini-boate, a música que tocava era "Capricho dos Deuses", de Netinho. Coincidências à parte de um fã, assim que a música acabou, acabei vindo embora pro Remanso, pra não pegar a estrada no escuro, pois também já pegaríamos a estrada para voltarmos pra casa.

Quem algum dia, pretende visitar ou se hospedar na Estância Vale das Flores, não recomendo, enquanto estiver sob esta administração.

Quando fomos à esta serra, a minha intenção era visitar os novos hotéis que surgiram em Guaramiranga.  Afinal, a cidade tem "crescido" nos últimos anos. Apesar de ser o menor município do Ceará, ganhou grande notoriedade com o Festival de Jazz durante o carnaval. E como a cidade estava lotada, decidimos não parar pra não perder muito tempo. Perca de tempo mesmo foi que tivemos mesmo no Vale das Flores.

Aprendi mais uma lição: nunca mais frequentar aqueles espaços onde fomos mal-recebidos, e principalmente quando se tratar o principal interessado: o próprio responsável do estabelecimento.

Hoje em dia, a internet amplia o olhar das pessoas. Quando alguém passa por uma experiência constrangedora, de desilusão com algo, deve sim, usar este meio e alertar aos desavisados para onde está o certo e onde está o errado, e assim, evitar que alguém se frustre com algo. Não se calem. Afinal, quem avisa amigo é.