sexta-feira, 12 de março de 2010

Alma Gêmea, a novela.

Terminou a reprise da novela "Alma Gêmea", que foi exibida originalmente entre 20 de junho de 2005 à 10 de março de 2006 e no "Vale a Pena Ver de Novo", desde o dia 24 de agosto de 2009 à 12 de março de 2010".

Acompanhando-a novamente, esta novela foi marcada por grandes passagens em minha vida.

Em 2005, antes dela completar 1 mês de exibição, eu, que ainda morava em Fortaleza, fiz uma viagem para cá, Pernambuco, e acabei ficando uns 2 meses por aqui, enquanto minha mãe, ficou sozinha lá no Ceará. O motivo foi que meu pai foi convocado para tomar de conta de uma empresa que estava em processo de fundação de sua filial em Paudalho, enquanto o seu proprietário retornava à São Paulo, pra ver como andavas a matriz após 10 meses de sua ausência.

Como eu sabía que esta viagem poderia demorar, no dia que meu pai viajou, que foi até no dia da reprise do último capítulo da novela "Como Uma Onda", a antecessora de "Alma Gêmea", eu chorei, porque eu não tinha certeza exata de quando ele retornaria.

Desde então, com sua ausência, tudo aconteceu lá em casa. Até foram perguntar à minha mãe se meus pais tinham se separado. Sem carro, e depois sem quem nos ajudar, por um lado, passamos por um sofrimento.

E se eu passei 2 meses ausentes da minha mãe, meu pai, ficou quase 3 meses em terras pernambucanas. E quando cheguei por aqui, no local onde estávamos, só havia uma TV e eu gostava de ver a novela "Alma Gêmea". E meu api, sem querer, acabou acompanhado-a mesmo que sem querer e tomou gosto e "fã" da novela do Walcyr Carrasco.

Minha mãe também acompanhava a novela, sozinha em casa, sem saber que meu pai também assistia junto comigo, fizemos uma surpresa quando chegamos de volta à nossa casa, no dia 14 de setembro de 2005.

E de volta ao meu lar, ao meu quarto, junto as minhas coisas, na minha cama e com surpresas, nos juntamos para seguir as cenas do capítulo daquele dia, até que meu pai, em novembro, retornou sozinho à Pernambuco e eu fiquei com minha mãe, em casa, por 1 mês.

Meu pai só retornaria para as festas de final de ano, e no dia 8 de janeiro de 2006, ele retornou comigo para os lados de pernambco e eu vim com ele, já trazendo perta das minhas coisas, como TV, DVD e alguns discos.

Eu já sabia que não tinha outra alternativa de que não tinha como irmos embora do Ceará. Depois de 3 semanas, já com as chaves da casa alugada, até hoje, e com o telefone instalado, voltamos à Fortaleza para fazermos a nossa mudança.

Ficamos só uma única semana, e foi difícil. Muito difícil ter que deixar minha terra, meus parentes, mas não dos amigos, porque não o tinha. E na manhã do dia 5 de fevereiro de 2006, chorei demais em saber que aquela era a minha despedida daquele local onde morava. Por mais que não gostasse de morar alí, foi uma emoção geral, e muito diferente de você se mudar de rua, de bairro ou até de cidade, mesmo esta sendo próximo à capital.

Por exemplo, se eu tivesse me mudando para ir morar ou no Aquiraz, Caucaia ou em Guaramiranga, em sabía que estava no Ceará, e que qualquer momento, mesmo que longe, ainda sim, era mais fácil descer pra Fortaleza e ir visitar os parentes. Um situação muito diferente para quem veio morar logo próximo à Recife, em Pernambuco.

Chorei porque estava indo embora, sem me despedir de uma pessoa por quem eu era apaixonado e que tinha estudado comigo. Chorei porque passou um filme da minha vida.

E por falar em despedida, não me despedi de ninguém, porque a dor é muito pior que uma lesão corporal.

E neste mesmo período, a novela "Alma Gêmea" estava no ar. E quando a novela encerrou-se agora, no "Vale a Pena Ver de Novo", me veio todas aquelas recordações, daquele processo de mudança do Ceará para Pernambuco, das frustrações, humilhações e certos sofrimentos que passamos, tudo por causa de uma pessoa, de uma empresa e não vingou a sua filial.

Viemos para Pernambuco para tomar de conta desta filial, e no final das contas, até hoje sei que ainda estamos em Pernambuco.

Sempre me perguntam: "Vocês pretendem voltar pra lá? Tá gostando daqui?" ... dentre outras.

Se eu tiver alguma queixa contra o estado que adotei há 4 anos, nada tenho. O estado de Pernambuco não tem culpa. Tem culpa, é um paulistano que de tanto fez, não fez porra nenhuma. Mas como diz o ditado: "Há males que vem pra bem". E realmente, me foi provado isso.

So posso dizer que hoje, estou feliz. Apesar das saudades, estou amando este meu momento atual. Aqui em Pernambuco, já deu pra ir conhecer parte de Alagoas, como Aracaju, lá em Sergipe. Paraíba e Rio Grande do Norte, já é caminho para quando for à Fortaleza.

E outra, eu não sei se encontrei a minha alma gêmea, mas estou encantado por uma pessoa aqui em Pernambuco. Vamos ver o final desta história, porque se a separação for inevitável, prefiro voltar pro forno do Ceará.

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