Trem da minha vida

Tenho um fascínio grande por trens. Deve ser porque sou apaixonado pelo "Ferrorama" e vivo sonhando em um dia, poder completar toda a coleção e com isso, fazer um circuito bem grandão.

Mas a minha grande vontade, é começar a colecionar àqueles trens-elétricos, em escala, ideal para montar maquetes, como na imagem acima. Fico babando com os vídeos sobre ferreomodelismo que sempre vejo no Youtube, sonhando em um dia, poder criar a minha ferrovia.

Acho o trem poético. Independente do tempo de sua existências, foram eles que começaram a transportar pessoas e cargas com mais rapidez num percurso de longas distâncias, para o interior dos continentes, onde embarcações não chegavam.


Os trens foram o principal meio de transporte em terra firme, antes de surgirem as rodovias. Pra mim, tanto faz se são "zuadentas" Marias-fumaças ou um moderno Trem-bala, mas o que me importam, que sejem trens. Cada um, tem a sua poesia.

Eu fico aqui imaginando, porque não voltar a investir no transporte ferroviário? Além das ferrovias, seria mais uma opção que as pessoas teriam de viajar para outros estados ou cidades de longas distâncias. O mesmo para serviços de transporte de produtos industrializados, minerais, etc.

Sabe, estava pensando - e ainda estou - se devo me arriscar na profissão de maquinista. Eu nem queria saber o quanto seria o meu salário. Só queria sentir o prazer de comandar um trem de verdade, me lembrando da minha infância e adolescência onde comandava uma ferrovia de brinquedo.

Eu já possuía um "Ferrorama", mas como eu era criança, com o tempo, acabei deteriorando o brinquedo. Só depois eu percebi a gravidade cometida. Em outubro de 1995, após um sonho que tinha tido com um ferrorama de dois trens, ganhei o dito cujo, e aí sim, pude sentir o real prazer de brincar com o brinquedo como se deve.



Depois, tive vontade de auemntar a coleação, mas a Fábrica Estrela parou de fabricá-lo e o Ferrorama saiu de circulação. Há sites, tipo "Mercado Livre" onde as pessoas vendem vários exemplares de Ferroramas como também dos trens-elétricos da Frateshi, o seu rival.

Ambos os brinquedos, tem a mesma emoção, na sua brincadeira: de ver os trens circulando por um circuito, entrando e saindo de ramais que se interligam em outros, realizando trocas de vagão, como se fossem trens de verdades.

Navegando na internet, vendo fotos ou vídeos ou até mesmo andando próximo às antigas estações, me deparando com composições sucateadas se deteriorando com o passar dos tempos, dá um nó na garganta de o porque que eles não estão sendo usados. Até mesmo, as estações, que acabam virando resiências e lan houses, como aqui na cidade de Carpina.




Acidentes de trens, são difíceis de acontecer, mas podem acontecer, como lá na Índia, que soube que acidentes ferroviários são frequentes.

Sonho em entrar naquelas composições completas, com: vagão-bagageiro, vagão-correios, vagão-cargueiro, vagão-restaurante, vagão-camarote, além de inúmeros e tradicionais vagões-passageiro, dentre outros modelos.

Até mesmo, quando vejo uma interminável composição de trem cargueiro, fico hipnotizado.

Espero que um dia, nossos governantes percebam que as ferrovias podem ser aliadas as rodovias e os recoloquem novamente nos trilhos.



O Trenzinho do Caipira
(Vila Lobos / Ferreira Gullar)

Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade e noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra
Vai pela serra
Vai pelo mar
Cantando pela serra o luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar...

Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade e noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra
Vai pela serra
Vai pelo mar
Cantando pela serra o luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar...