domingo, 30 de maio de 2010

Empurrei um amigo da escada no colégio

O tal fato aconteceu entre os dias 29 à 31 de maio. Agora não me recordo exatamente o dia certo.

Era mais um encerramento de mais um dia de aula. Estávamos já loucos para sair dalí e voltar para as nossas devidas casas.

O ano era 1995, por volta das 11:10. Estava repetindo a 5ª-série, e na minha turma, tinha um colega que gostava muito. Ele sempre sentava ao meu lado. Aliás, nossas carteiras neste colégio, eram fixas. Era o ano inteiro sentado nelas, e por conta disso, nasceu aquela amizade de sala de aula.

Mas para mim, começava a perceber que meu sentimento por este colega, ia mais além que uma amizade. Mas como saber dessas coisas com somente 12 anos? Ainda era muito inocente sobre esta delicada situação.

Voltando ao assunto, naquela semana, final de maio, descemos juntos. Só que o cara começou a fazer uma brincadeira de mal-gosto comigo: ameaçava me empurrar pelas escadas abaixo.

E logo me subiu uma coisa. Peguei-lhe pelo braço, sem dó, e lhe puxei, escada abaixo, pra ver se ele gostava que alguém lhe empurrasse pela escada. Só que não sabia que estava com tanta força assim, pois ele não caiu. Ele voou e caiu de costas no chão, sendo amortecido pela sua mochila.

E pior foi tê-lo que encarar durante o resto daquela semana, pois ele sentava sempre ao meu lado. Fiquei também sem poder me encarar no espelho, com vergonha do que fiz com aquele rapaz, um grande amigo de colégio, naquela época.

Ficamos somente uma semana sem nos falar, mas depois, reatamos a amizade.

Mas infelizmente, no final do ano, o destino nos separou.

Como não passei novamente na 5ª-série - desta vez, por um erro do Colégio 7 de Setembro - fui obrigado à me retirar da corporação de alunos daquela rede de ensino, enquanto Amauri permaneceu.

Me lembro que minha mãe o viu no meu ex-colégio, e ele perguntou sobre mim à ela. E já se passou 15 anos de tudo isso. Nunca mais vi Amauri B. Filho e sua irmã, Andreza na vida.

Vou citar seus nomes, pra ver se em algum dia, casos eles encontrem este meu blog, possam se lembrar de mim, porque nunca me esqueci do Amauri e de sua irmã. Aliás, nunca me esqueci de ninguém com quem estudei, mesmo os colegas que torciam o nariz pra mim, no Colégio Batista.

Em 1995, minha turma era a 5ª/1ª, no Colégio 7 de Setembro - sede Cocó.



... E ocorreu outras 2 separações deste tipo, sempre quando estou gostando em alguém. É só por isso, por ter esta experiência frustrante de gostar de alguém e de tê-la muito breve ao meu lado, é que choro, quase que diariamente, nesses últimos 90 dias, de medo que quando estivermos começando um belo relacionamento de amizade, o destino nos separe e mande-me novamente para bem longe daquele meu amigo especial. E o amigo da vez, com este nível de amizade, é o meu Rodrigo.

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