domingo, 9 de maio de 2010

Esmurrando o colchão.

No post abaixo, eu comentei sobre uma ex-vizinha que ficou literalmente doida de asilo.

Apesar das críticas e de um pouco de humor negro perante a desgraça alheia - mas bem feito pra ela - não posso esquecer que eu também posso seguir pelo mesmo caminho, se não tiver controle de várias situações que a vida nos faz passar.

Por isso que sempre tive o cuidado de não me viciar no fanatismo por alguém, e ando percendo que posso está me libertando disso. Fanatismo cega, endoida a gente e vez por outra, sempre escrevo sobre isso, até pra me dar um auto-toque sobre o assunto comigo mesmo.

Hoje eu descobri uma forma de poder extrapolar um pouco toda minha energia acumulada. Sempre que meu sangue começar a se exaltar, vou pegar um colchão velho e começar a esmurrar ... - coitado do colchão, que já me serviu pra tantas coisas, fazer tantos pecados... - pra aliviar a pressão.

Só que tenho que tomar um certo cuidado de não passar dos meus limites, pois como não sou acostumado a malhar, não posso forçar meu corpo além do que ele perite no momento. Aos poucos, posso ir aumentar a quantidade.

Hoje de tarde estava fazendo isso, e por incrível que pareça, aliviou sim, certas coisas que estava acumulado no coração. Depois desta "suadinha", um banho e liberar pelas lágrimas, um pouco das saudades que estava sentindo na hora que estava esmurrando o colchão.

Coitado do colchão, bichinho nem culpa tem das minhas maluquices, mas será, de certa forma, de mais uma grande utilidade, já que eu não possuo aqueles sacos de boxe em casa. E outra, só um doido varrido que vai esmurrar diretamente numa parede com as próprias mãos, e ainda nem sente dores nas mãos.

Depois de umas esmurradas, falando as palavras, nomes de tudo que estou querendo nocautear da minha vida e que vejo que não está tendo mais serventia, até que meu coração aliviou-se um pouco. Uma boa terapia para uma pessoa solitária que não faz nada na vida. Só meus braços que vão reclamar um pouquinho. Tanto que estou escrevendo este post, ao som de Rita Lee e com um sono danado.

... E ainda sou irônico comigo mesmo. Imagine com os outros?! Será que estou voltando ao normal?

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