sábado, 3 de outubro de 2009

Uma partícula que se soltou da cauda de um comenta

Estou sentindo uma sensação tão esquisita. Não sei como explicar com palavras mais precisas, mas parece assim dizendo: "o sonho passou".

Não acho que passou, mas entrou num descanço necessário.

Durante toda esta semana estou me sentindo emotivo, estranho. Com aquela sensação de dever quase cumprido, mas falta ainda algo, mas não se sabe o que está faltando pra ficar tudo 100%.

Tenho vontade de chorar, mas as lágrimas estão presas. Vai passar. Sei que tudo passa. A dor do momento, sicratrizará com o tempo.

Mais uma vez, o tempo virá me fazer uma visita.

Não devo é me entregar as decepções, porque elas são estaparfúdias, frescuras. Decepção é uma conquista que foi sonhada mas não foi possível realizá-la naquele momento especial. Mas nem todas são superadas com o tempo, o que levamos, sem querer, involuntáriamente, pro resto da vida, mas como experiências de não cair nela futuramente.

Quem leva a decepção, por pequena que seja, não esquece nunca. É como apanhar: quem bateu, se esquece. Mas quem levou, fica marcado pra sempre. E nunca mais é o mesmo. A vantagem é que com isso, a pessoa amadurece. A decepção nos abre os olhos.

A vida nos traz novas experiências. Novos rumos. Novos olhares. Novos corações. É um trem que segue sua viagem, onde em cada estação, se vão alguns passageiros e surgens outros novos. Cada um tem a sua estação de destino e o seu tempo de viagem. Enquanto for possível que durante a viagem haja trocas de experiências e conhecimentos, estamos conhecendo o que a vida ainda não me mostrou pra mim, o que já mostrou à ela. É isso que me faz ter mais vontade de viver.

Queria ser como um cometa: por onde ele passa, leva tudo que está adiante e traz tudo no seu vácuo. Mas sempre há algo que consegue se soltar deste vácuo e deixa de segui-lo. O cometa vai embora, e aquela partícula que se soltou no vácuo de sua cauda, fica solitária no espaço, até se transportado em outro cometa, isso que conseguir se encaixar na hora e no certo momento.



QUERIA SER COMO UM COMENTA:

Queria ser como um comenta
Não importa o tamanho
Da a sua grandeza
Mas o brilho ofuscante
Do cadente da estrela

Arrasta tudo por onde passa
Destroi Terra, bagunça a massa
Chama atenção na escuridão
Arranha os céus com o seu clarão

Traz consigo o pó espacial
Seguindo-lhe até onde não se sabe quando
Dá medo, é assustador
Mas fascina nos olhos brilhantes de quem o vê

Pode levantar pó em Júpiter
E desvastar Urânio
Cair sobre a Terra
Ou seguir rumo ao desconhecido
Mas jamais deixará de exibir
Um belo espetáculo
Ao cruzar os anéis de Saturno.

2 comentários:

  1. Poxa, Bruno!

    q coisa linda vc escreveu...qta inspiração! O q vc está sentindo, vc sabe q com a visita do "tempo" vai amenizar, pq passar, sei q ñ passa!
    bjs,

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  2. Nenhuma decepção, pelo mínimo que tenha ocorrido, jamais será esquecido. Mais um, menos um: é a vida.

    O que seria desta vida se não fossem esses tipos de experiências?

    Mas garanto-te que, quanto mais se evita magoar alguém, é melhor para um convívio eterno.

    O tempo não apaga as mágoas. Ameniza-as.

    Beijos, Jane.

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