quinta-feira, 14 de outubro de 2010

HERÓIS DA MINA: Depois de 70 dias, o alívio e um bom exemplo para reflexões.

O mundo agora pode respirar aliviado.

Este acontecimento serve para refletirmos o quanto somos frágeis.

Tenho certeza que dentro deste grupo de 33 pessoas, antes, haviam aqueles mais "espertos", os mais "frágeis" e todo o tipo de personalidade.

Isso sim, foi um autêntico "Big Brother", onde a única prova foi de resistência e o prêmio era poder voltar vivo à superfície e rever seus parentes e a luz do sol. Que bom que o resgate foi 100% de sucesso.

Agora, só as histórias que cada um desses 33 mineiros terão de contar.

Como já foi dito, havia um dos mineiros que começou a escrever um livro. Se irá ser publicado mundialmente, creio que compro. E com certeza, vamos esperar uma filmografia deste episódio em breve.

 
No meio desta semana, entre os dias 12 e 13 de outubro, o mundo ficou pequeno diante de uma tragédia que durou 70 dias de angustia, tanto para quem foi vítima como para seus parentes, amigos e colageas de profissão, além de quem não tem vínculo alguns com cada um daqueles 33 mineiros que ficaram soterrados durante todos este tempo numa mina, lá no deserto do Atacama, no Chile. Felizmente, o final de tudo, todos se salvaram.

Tudo começou  no dia 5 de agosto de 2010, quando duas explosões, dentro da mina, fecharam o túnel de acesso, impossibilitando a saída dele, pondo todos em desespero. Dalí, começava uma grande saga, com "intermináveis" dias. Não vou resumir o caso, pois todos nós já conhecemos muito bem esta trágica história que ainda bem, terminou com um final feliz.

Só nessas situações é que acredito em Deus. E esteve presente junto com aqueles 33 homens. Se fosse para alguém morrer, tinham morrido. Graças, que ninguém veio a óbito e que há 33 longas e curiosas emoncionantes histórias para contar.

Fiquei pensando: "como a gente cria casos com os outros de graça, né?" Qualquer coisa, é motivo pra brigar onde nem sequer há motivos. Brigam gratuitamente, pois não vejo e nem entendo motivos para isso. E este acontecimento serve para nós refletirmos muito no valor que é a vida, no valor que é a famíla, no valor que são os amigos, os amores e até aos desconhecidos que nos rodeiam. Mas há pessoas que não sabem o que são esses valores que dinheiro nenhm não paga.

Talvez possa ter alguns desses mineiros que antes, poderia ter este comportamento temperamental, e com o confinamento há mais de 600m debaixo da terra nesses dois meses, possa ter refletido melhor em saber amar as pessoas, caso fosse resgatados.

Que sensação é ficarmos à beira da morte por 70 dias? Bom, é melhor nem pensar.

No dia que estavam mostrando os testes finais para começarem os resgates dos mineiros, estava angustiado à cada chamada ao vivo na TV, do local. Era como se algum conhecido meu estivesse lá no buraco ou como se eu estivesse para ser resgatado.

Não dormi tranquilo, sabendo que os resgates aconteciam naquela madrugada. Meu medo que durante o processo de resgate, ocorresse falhas e que o túnel usado, fosse danificado. Acordei e já liguei a TV para acompanhar os resgate, que já tinham 9 em superfície. E a cada um mineiro resgatado, um alívio.

Nos testes, ouvia-se os sons de lata batendo saindo do túnel. Aquilo era angustiante de se ouvir, me lembra quando eu era criança, que sempre me imaginava caindo dentro de um buraco profundo e não conseguir ser encontrado.

Muita gente deve ter comparado o confinamento dos 33 mineiros como um Big Brother da vida... E foi, porque ficar vendo os mesmos 33 rostos, durante 70 dias, é desgastante. E o prêmio maio, era voltar vivo à superfície e rever pessoas, o sol, o céu e amar muito mais agora.

Aqueles caras, agora são "celebridades". Nos mostraram o quanto a calma nos piores momentos é indispensável, e tem gente que por qualquer traição, já fazem um escândalo de pobre. Tomamos de exemplo este acontecimento.

O alívio hoje toma conta do planeta, em relação aqueles 33 heróis. E que bom que todos já são e salvos. Agora, Deus os acompanhe como sempre esteve com eles dentro daqela mina, vivendo como formigas.


OS MINEIROS ME FIZERAM REFLETIR:

E foi vendo alguns dos resgates, durante o almoço, que decidi fazer uma coisa. Aproveitei que estava numa oficina, na Imbiribeira, em Recife, e como o carro faltava ainda 1h para ser liberado, não ia ficar este tempo esperando. Deixei meu pai lá e fui ao centro, sozinho, de metrô.

Além de ter ido, pela 1ª vez, ao centro de Recife, sozinho, também me dei conta que nunca tinha andado de trem da mesma forma, sem companhia de conhecido.

Como a oficina fica bem perto da estação daquele bairro, foi tranquilo. E como precisava conversar com o Rodrigo - já dei nomes.

Antes mesmo de saber que ia pra Recife, pois foi decisão de última hora, tinha deixado um recado meu no seu Orkut. Tanto que quando fui, estava bem tenso. Cheguei à Loja Marisa bem ofegante, porque fui lá mesmo nas carreiras. Ofegante pelo calor, tenso de como seria a reação ao me ver, e de não dá uma viagem perdida, já que os contatos estão "quietos".

Mas depois de 4 meses desde a última vez que o vi e quase 2 meses em uma certa depressão com um episódio de vários desabafos meus, esta tarde foi a chance de colocar alguns pingos nos "ís". Precisava voltar a encarar quem temia a ter em ver online no Orkut e não mais me esconder das coisas. Confesso que fiquei dias evitando entrar no Orkut nos horários que saberia que estaria on-line, durante esses meses.

Bom, o local não era propício para um conversa mais prolongada e pessoal entre nós, bem como ainda tinha um outro compromisso quando chegasse em Carpina, que ainda bem, deu certo fazer.

Só quero deixar bem claro que de certa forma, minha conciência pensou muito enquanto assistia aos resgates dos 33 mineiros. Quem alguns deles não poderia está com alguma desavença na vida com alguém, até boba talvez e de repente morrer sem ao menos resolver os conflitos? Se todos ganharam uma 2ª chance na vida, porque não podemos nos dá? Afinal, só um desabafo e uma crítica à mim mesmo. Sou muito auto-crítico.

Tanto que não consegui terminar de comer, porque fiquei bem pensativo: "Vou agora na Loja Marisa, pois já que Maomé não vai a montanha... Preciso de certa forma olhar nos olhos de quem possa ter ofendido". A minha conciência está super tranquila.

Sou muito emotivo e com uma facilidade de ficar deprimido e irritado. Infelizmente são os meu pontos fracos. Só que escondi isso dos meus pais, tendo que vez em quando, demonstrações uma certa irritação como já me pegaram de alguma forma com lágrimas nos olhos, tudo em decorrência aos assuntos postados.

Garanto que se não tivesse demonstrado aquilo, hoje estaria num processo muito pior.

Aliás, não quis fazer conflito com ninguém. O que escrevi em julho no meu blog, foi um desabafo pessoal de algo que "previa" que se repetisse. E o receio se repetiu. Só não vou repetir é o mesmo afastamento como fiz com os anteriores. Gostem ou não da minha insistência ou da minha presença. Só exijo que não me censurem sobre aquilo que escrevo, falo.

Estou de coração mais em paz, depois deste meu retorno as minha visitas.

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