domingo, 10 de outubro de 2010

Sozinho, como sempre

Alguns anos atrás, deixava de fazer as coisas, porque não tinha ninguém para me fazer companhia.

Sempre que queria ir à um parque, um cinema, um circo ou num dos raríssimos shows que fui, sempre queria um primo meu para me acompanhar. Amigos, como já falo em outros post's, não tenho, nunca tive um assim, pra me chamar e sair. Só tenho mesmo são conhecidos.

Era sempre assim: aparecia algo que me interessava, lá ia eu convidar uma companhia, para não ir sozinho.

Foi um dos motivos que nunca fui à nenhum show de Netinho, entre 1995 à 2006: além de não ter idade suficiente, não tinha companhia e quando tinha idade para ir sozinho, Netinho fez aquela parada de 3 anos, e eu, achando que o pior tinha acontecido e não fiquei sabendo.

Só que chegou um momento que achei que eu estava incomodando as pessoas: no caso, meus parentes.

A minha decisão de nunca mais chamar ninguém para ver um filme no cinema, veio com o filme "Carandiru", em 2003. Tive curiosidade em ir asssitir, mas não queria ir sozinho. Chamei um primo para ir comigo. E quem convida, lógico que pagaria o seu ingresso.

No decorrer do filme, percebo que meu primo dormiu:

- Pô, pagar pro cara vim dormir no cimena, é de lascar.

E foi a última vez que o chamei para sair comigo, ao menos para um cinema.

Desde então, os filmes que me interesavam em ver no cinema, passei a ir ver sozinho, com exeção de "Paixão de Cristo", que fui com a minha tia, Débora, em 2004.

E por aí, nunca mais fui ao cinema acompanhado com mais ninguém, até pra evitar pagar pra pessoa ir dormir.

Em setembro de 2006, surgiu um show de Netinho, lá em Porto de Galinhas. Seria a chance de poder ver um show dele. E naquele show, o caso foi mais complicado pra mim, pois era a 1ª vez que estava vendo um show em Pernambuco, tanto de Netinho como da Ivete Sangalo.

Pense num cearence perdido no meio dos pernambucanos, até quando Netinho e Ivete animavam com um: "Vai lá, Pernambuco...". Ouví aquilo era como está em território estranho. Resumindo: realmente estava, rsrsrs...

E o outro lado foi que agora sim, não tinha ninguém conhecido para me fazer companhia dentro da arena do show. E mesmo assim, sem companhia mesmo, fui praquele show sozinho. O mesmo se seguiu com os shows seguintes: Goiana (10.02.2007), Festival de Verão do Recife (16.03.2007) e Caruaru (24.03.2007). Mas foi no show do Bar Jardins que conheci o Adriano, de Vitória de Santo Antão/PE e sua esposa, que me fizeram companhia. Lógico que as outras pessoas, com as quais já estou enturmado, estava todos lá, mas não tinha intimidade nenhuma com eles e nem os conheciam.

Então... Este final de semana estreou um circo aqui em Carpina, montado em frente à minha casa. Outro caso igual ocorreu em janeiro de 2007, e naquele caso, não contente só em ficar ouvindo, fui ver com minha mãe. Só que era melhor ter ficado só ouvindo, porque com o que vi, me decepcionei com o espetáculo.

E cheguei em pensar, agora à pouco, nesta tarde de domingo, em ir ver o circo, sozinho como sempre. Hoje eles farão 3 sessões. Só tenho receio é de pagar R$ 10 no camarote, ou seja, na melhor posição possível e me frustrar com o espetáculo, como foi no caso de janeiro de 2007. Claro, não quero comparar um espetáculo de um circo como o Real Circo com um do Cirque du Soleil. Mas pelo menos, dava ou tentava dar umas risadas com os palhaços.

Só não chamo os amigos de Carpina, porque não tenho. Não chamo os amigos de Recife, por conta da distância - imagine se eles morassem lá em São Paulo. Só não chamo mais ninguém para me acompanhar, pra evitar de olhar pro meu lado e perceber que está dormindo. Portanto, antes só.

Nenhum comentário:

Postar um comentário