quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Breve resumo escolar

No ano de 1996, tive que mudar de colégio. Depois de anos estudando no Colégio 7 de Setembro - centro e aldeota, este último por 3 anos - tive que me retirar, porque pela segunda vez, não tinha passado na 5ª- série. E aluno repetente que não é aprovado para o ano seguinte, deve procurar outro estabelecimento de ensino.

Foi humilhante ter que passar por isso. No ano anteiror, em 1994, fiquei em recuperação em: Matemática, História e Informática. Por já ter feito isso ao cursar a 2ª série, repeti por opção, sem passar pela recuperação. Não queria ter que ficar o mês dezembro pra recuperar as disciplinas, e aproveitar os dois meses de férias.

Já fiquei em recuperação na 1ª série, mas nisso não fui informado de tão "lezado" que era, e me enganaram. Fiz recuperação, sem saber. Passei. Mas no ano seguinte, já sabendo de algumas coisas melhor, minha mãe achou por opção não ter que me submeter a ter que ficar mais um mês no colégio e recuperar as 4 matérias que havia ficado.

Também em 1990, houve a ausência do meu pai em casa que pode ter contribuído para certa dispersão, pois ele estava trabalhando no estado do Rio Grande do Norte, onde em cada 15 dias, viajámos, minha mãe e eu, para Assú, smepre nos finais de semana. O que contribuiu as minha notas baixas.

Em 1991, no Colégio 7 de Setembro, repeti a 2ª série e passei direto, como também na 3ª série e na 4ª, já na sede da Aldeota.

Com minhas duas mudanças: em 1992 fomos morar no Bairro do Antonio Bezerra, cursando a 3ª série, em 1993, mudei da sede do centro para o que fica próximo ao Parque do Cocó. Era o único prédio que existia naquela região, no mesmo terreno onde já passou um Park Circo. E fui muito criticado por conta da distância. E realmente, apesar de puxado, foi vantajoso, porque passei a andar mais por Fortaleza e a conhecer melhor a minha cidade. E eu estudava de manhã, acordando todos os dias, as 5:30.

Quando fui repetir a 2ª série, mudei de horário. Estudava à tarde e passei para manhã.

Em 1993, cursei a 4ª série e no ano seguinte, a 5ª. Foi quando passei a conhecer matérias nunca antes estudadas, como Geografia, História e Informática, que até então, era a grande novidade aprender comutação. E em 1994, ninguém trabalhava Windows, só MS-DOS. Também foi à partir desta disciplina que tive minha 1ª decepção em trabalhar em dupla: era obrigatório dois alunos por micro e fiquei muito chateado com o garoto que estava comigo. No resto do ano, troquei de dupla com outro colega, que por sua vez, também estava chateado com seu parceiro. Talvez até isso, tenha me assustado, mas creio que como era uma matéria nova, acabei não digerindo-a.

Também em 1994, as matérias de História e Matemática, foram as outras que me deram uma tremenda dor de cabeça. Pra falar a verdade, foi a partir deste ano que ambas passaram a me irritar, ao ponto de ficar com ira de matemática.

Não passando nessas 3, fiquei em recuperação. Ao saber que não havia passado, tentei me contar, mas chorei, como foi em 1990. Só que não sabía que isso iria se repetir, e muito nos anos seguintes.

1995: Lá estava eu. Pela 2ª vez, repetindo a 5ª, e pela 2ª vez, me atrasando no histórico escolar. Eu, que estava com 12 / 13 anos, deveria está era na 7ª série, e não numa 5ª.

Estudava sim. Tinha minha horas de ver TV, ouvir os CD's de Netinho, e não dispensava meus horários de estudos, apesar de sempre fazer cara feia.

Considero que foi até uma experiência boa naquele ano. Informática melhorou consideravelmente, pois já era com o Windows - lógico, versão 95 - e passei direto.

Só que as duas e as mesmas matérias não foram bem sucedidas: Matemática e História. Ao ver o boletim, tentei me controla, mas não contive o choro. Recuperação nelas: mas desta vez, tive que fazer e fiquei os meses de dezembro de janeiro. Não passei na 1ª fase da recuperação e fiquei para a 2ª fase, conhecida como ré-ré. Assim o fiz.

Quando pensava que tinha passado, apesar que nesta prova da ré-ré de Matemática, o instrutor, que eu o conhecia e já sabendo das minhas dificuldades, ele fez um esquema comigo, e rapidamente captei. Ele deixou que a sala fosse esvaziando, foi quando ele pôs em prática seus planos. Deu certo, mas tudo foi em vão, pois fiquei na bendita História.

Só por conta disso, tivemos que procurar outro colégio. Por recomendações, chegamos ao Colégio General Osório. Fui levado sem saber de nada à uma escola e foi alí que a verdade foi dita sobre minha reprovação e minha saída do Colégio 7 de Setembro.

Me irritei na hora. Foi tamanha minha revolta, que nem quis saber de nada, apesar de tanta insistência, eu falei que alí, eu iria parar de estudar. Fomos pra casa.

Nunca na vida tinha ficado tão irritado daquele jeito. Acho que foi o 1º grande estresse que tive, que até o meu primo, Hélio, que era bem danado, apesar de excepcional, ficou quieto, ao ver minha reação. Tive tanto nojo daquele momento que cuspi quem passasse na minha frente.

Passado alguma horas, já mais calmo, lá pela tarde de algum dia de janeiro, e até de uma forma emergêncial, retornamos ao General Osório, para realizar minha matrícula.

Minha revolta era que não queria deixar o colégio onde estudava há muitos anos, mas que foi inevitável. Em 1996, foi a segunda vez que mudei de colégio na vida.

Ao conhecer as dependências do colégio, tive um choque: o colégio era pequeno, apesar de particular, mais parecia uma escola pública. Mas só vim conhecer melhor foi durante o decorrer daquele ano de 1996.

Sabe aquela sensação de está em ambiente estranho? Eu realmente estava.

Já pra começar, a professora de Português, não falava: sussurrava. No tempo que ela nos deu aula, não cheguei nem a ouvir a voz dela, por mais próximo que me sentasse na frente. Por conta disso, ela foi substituída por outra. Mas não sei se foi bem aproveitável, pois a 2ª professora de Português, era muito carrasca, implicante, impaciente e altamente estressada. Fazía pouco com seus alunos. E se engraçasse para meu lado, ou era ela ou era eu. Mas isso não aconteceu.

Houve uma pesquisa da escola com os alunos, sobre os professores. Lógico que deve ter chovido críticas àquela pessoa. Tanto que após a volta das férias de julho, tivemos uma 3ª professora de Português, que para completar, era mãe de uma aluna da minha sala.

Já com o professor de Matemática, nunca tinha visto ninguém tão enrolado e atrapalhado como ele. Mesmo assim, na sua matéria, fiquei de recuperação. Mas não sei se foi por culpa dele de tão ruim que ele era ou culpa minha, de tão burro quando sou na matéria. Neste caso, até hoje fico com esta dúvida.

Neste ano, houve uma matéria inédita e que eu adorava estudar: Geografia. Mas neste caso, a culpa ficou por conta do professor, além de ser aqueles que falam e dá sono na hora da aula, acabou se afastando por conta de saúde, e ficamos sem aula desde setembro até novembro, e nem sequer a escola providênciou um substituto. Fizeram duas aulas extras, uma na tarde do dia 21 de novembro, onde tive que ficar direto no colégio, como na manhã do sábado do dia 16 de novembro de 1996 - data que não posso esquecer, pois foi o dia que comprei o CD Netinho Ao Vivo. Mas mesmo assim, não foi possível obter uma nota para que eu passasse de ano, e pela 3ª vez, só na 5ª série, ficando de recuperação.

Tive que fazer uma recuperação, mas só que uma versão exclusiva pra mim, porque tive uma crise emotiva no dia que recebi o boletim, chegando a rasgar até as provas. Mas uma vez ameacei parar.

Resumindo, estudar no colégio General Osório, foi uma das piores experiências que passei. Um colégio de ensino muito ruim, sem a menor condição de educar alguém, tinha que acabar acontecendo isso, no dia que passei de frente ao local, dias atrás, quando estive em Fortaleza, pela ocasião do Fortal 2009: o terreno estava com o prédio completamente no chão. Simplesmente, faliu.

A minha salvação de não continuar estudando lá, foi um convite de uma vizinha, que estudava no Colégio Batista Santos Dummont, me deu uma idéia de me matricular lá. Apesar de não ter realizado um bom teste, sei que fiquei e me salvei do General Osório.

Colégio Batista, sempre tive uma participação indireta, pois tinha um primo que estudava lá e se mudou para o Colégio 7 de Setembro, em 1994. Em 1997, passava a ser aluno oficial do colégio, que sempre fiquei em recuperação desde a 6ª-série até o 1º ano do EM, e em cada ano, aumentava o número de matérias.

Acho que com as experiências que já tinha vivido, com as novas; as desilusões em fazer trabalhos em grupo ou dupla; as críticas e os preconceitos que sentia vindo de algumas pessoas, foi aumentando o meu desinteresse de estudar.

E ficar de recuperação todos os anos, estudando de janeiro à janeiro, só tendo o mês de julho pra descansar a cabeça, alimentou ainda mais a minha vontade de parar de estudar. Sempre ameaçava: "Faço a recuperação, mas se eu ficar de recuperação, eu paro pra valer".

Não sentia mais prazer, ânimo algum em ir ao colégio. Passei a ficar sério, apesar da timidez. Nem as situações mais engraçadas dentro da sala de aula, eu ria. É assim até hoje.

Em 2001, tive até um certo ânimo: conheci uma pessoa e me apaixonei por ela. Fiquei com mais vontade de ir ao colégio, mas só para pode vê-lo. Nunca me declarei, e por conta disso, tive que me concentrar em outras coisas, pra não fazer besteira.

Só que no final do ano de 2000, estava só com 6 matérias pra recuperar.

Em 2001, estava com a mente cansada, e fui até onde pude. No dia 30 de agosto, botei em prática o que ameaçava fazer desde o dia que me matriculei no Colégio General Osório, é só procurar pelo post escrito agosto do ano passado, pois não quero mais reescrever mesmos motivos que estará fazendo 8 anos no final deste mês.

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