quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Viajei pra pensar

Final de semana muito boa lá em Maceió. Fui à um aniversário, onde todos estavam de branco. Parecia mais um reveillon.

Aproveitei pra me desligar até da internet e de alguns outros assuntos que nos últimos meses tem me deixado um tanto confuso, chateado, estressado e frustrado.

Mas não adianta fugir, pois quanto mais longe, parece que piora, sei lá. Estou tentando voltar ao meu normal, mas normal como antes, não, porque já está tudo energizado pela experiência. A mesma que já passei por outras vezes. Que tenha sido a última vez que tenha passado por isso, que nem queria ter alimentado.

Alimentei. Não sei porque que deixei me levar pelas expectativas que me foram dadas, sabendo que eu mesmo não tolero quando as desculpas se repetem. Deixo passar uma ou outra, mas seguidamente, aí já posso interpretar como um recado: "Ei, porque desta insistência?".

Bom, tento ser simpático, mas fica difícil manter com a insegurança alheia. Se eu me afasto, é porque percebo que não me quererm mais por perto, porque sempre quem quero perto de mim, demonstro mesmo. Mas, cada cabeça pensa diferente, cada cabeça é um mundo. Só espero que não seja tarde demais pra certas coisas.

Bom, mudando de assunto, fui à Maceió. Quem acha que era pra show de Netinho, enganam-se, pois o mesmo se encontrava lá em Nova Yorque para a gravação do DVD da Ivete Sangalo. Nem iria, mas como já me chamavam para visitar-lhes, desta vez aproveitei e fui. Não estava fazendo nada mesmo. Ao menos, ter um final de semana digno, porque os meus, já estão tão monótonos, que já não crio mais esperanças de alguém me chamar pra nos encontrarmos.

O bom recado não é aquele dito ou escrito. É aquele que não é manifestado, o silêncio consente. Então, fui pra quebrar um pouco desta minha rotina de 9 anos parado.

O bom de morar em Pernambuco é que fica mais fácil viajar.

Fui ao aniversário, muito bom por sinal, com direito a DJ, boate e efeitos especiais. E por falar em DJ, sem comentários. No dia seguinte ao aniversário, fomos ao mesmo lugar, aproveitar a piscina, mas nem entrei nela. Estava meio encabulado de ser uma pessoa fora da família, apesar de já fazer parte desta "Família Fuleragem" como é conhecida pelo mundo "Netesco", pois eles também são muito fãs de Netinho, como sou.

Posso até parado de chorar um pouco. Apesar que no próximo dia 13, fará 3 meses, já nem sei mais qual sentimento estou sentindo: se é saudades, se é mágoa por conta de ficar esperando. Tanto que já nem tenho mais aquela vontade de continuar em fazer a minha visita mensal. Pra quê? Só sei que ando muito confuso com isso.

Como sempre falo, e como sempre foi comigo, não tenho sorte com amizades. Sempre me frustro logo com quem considero mais meu amigo. Isso só deve ser uma espécie de karma. É difícil até poder descrever mais detalhado de o porque sempre que isso me acontece. As mesmas dúvidas que alguém possa ter, e por ventura vierem me perguntar, eu também quero entender e saber dessas respostas.


FILME: "SEMPRE AO SEU LADO".

Quando estava indo para Maceió, foi passado um filme, de nome "Sempre ao Seu Lado", com Richard Gere, em que o seu personagem, adota um cãozinho, que veio do Japão, que sem querer acabou sendo abandonado numa estação de trem nos EUA. E com pena o cachorrinho, o cara levou-o para sua casa, enquanto iria botar anuncios públicos atrás do dono do cãozinho ou alguém para adotá-lo, que por fim, acabou ficando com ele mesmo.

A amizade entre o cachorro e o professor foi tão grande, que o cão o acompanhava sempre até a estação de trem, indo deixá-lo e vindo buscá-lo, sempre no mesmo horário, fielmente.

Um dia, o professor estranhou a ausência do cãozinho e ficou preocupado. Ao chegar em casa, viu que o cachorro estava ocupado com um gambá.

E o tempo foi passando. A filha do professor se casa, engravida, tem o seu filho, e mesmo com o passar dos tempos, o caõzinho sempre ia deixar e buscar o seu fiel amigo que um dia, o ajudou a dar-lhe abrigo.

Numa dessas tardes, apesar do Hachiko ter ido deixar Parker Wilson na estação pela manhã, o mesmo ficou aguardando-o por horas a chegada do amigo, sem sucesso. O que o cachorrinho nem percebia era que o seu amigo, nunca mais voltaria à cruzar aquelas portas rumo ao seu encontro, porque estava morto.

Mesmo assim, Hachiko sempre ia até a estação, naquele mesmo horário, esperar o professor. Nem mesmo após a mudança de cidade o impediu dele de voltar a cidade onde foi morar, e ao perceber pessoas estranhas em sua antiga casa, foi rumo à praça da estação esperar pelo seu amigo, virando atração da cidade e ganhando matérias em jornais por todo o mundo.

A gratidão, o amor e a amizade do cachorrinho era tão grande pelo Parker, que a filha dele, que iria cuidar do Hachiko, acabou dessitindo do cachorro e o deixou na cidade. E assim, os anos se passam e o cãozinho sempre alí na praça, esperando seu amigo chegar.

Numa dessas noites, Hachiko percebe a presença do professor saindo pela porta da estação, pra alegria de Hachiko. Mas era o espírito de Parker que veio buscar o seu fiel amigo.

O filme é baseado numa história real, ocorrida por volta dos anos de 1930.



Cara, me emocionei vendo o filme, dentro do ônibus. E eu nem comecei prestando atenção. Nem estava afim de ver filme. Queria era dormir, mas vi o filme. Ainda bem que estava lá no fundão do "buzão", e as lágrimas escorrendo nos olhos, porque na minha cabeça, a mensagem era exatamente aquela do filme que estava e estou sentindo. Só que ao invés de um cachorro ou outro bicho que seja, o meu amigo é uma pessoa.

Chorei dentro daquele ônibus, imaginando fazer uma visita e não encontrá-lo e saber que nunca mais estará alí ou em qualquer outro lugar. Ou nunca mais surgir ao menos uma vez por mês para visitar-lhe.

Só que esta segunda opção, é certeza mesmo em vida, comecei à fazer, porque pra mim, quando cismo, já é certo. tenho algo escrito aqui em longas páginas que no dia que tomares conhecimento... Bom, no dia que tomares conhecimento, se é que irá saber o que escrevi e é impublicável, por ser um assunto bem particula, só mesmo criando coragem pra entregar. Se quiser saber o que é, vem buscar.

Todos os outros que se encontraram nesta mesma situação, aconteceu de escrever um recadinho, um bilhete, demosntrando o que eles estavam sendo pra mim. Só posso dizer que fiz um resumo de todo os últimos 14 meses, desde quando nos conhecemos até a mensagem do dia dos amigos, em julho de 2010.

E cada um dessas 4 pessoas por quem tive um carinho, cada um teve a sua intensidade e o seu tempo. Tempo este que nunca deveria ter nos separado. E pra cada um desses 3 primeiros, sinto saudades, pois os 3 estão agora muito mais longe: só uns 800km. E mesmo estando sempre na mesma cidade, dois deles perdi contato e nunca mais os vi na vida. O 3º, também, mas não cheguei à explorá-lo, pois já sabía que estava por vir embora pra Pernambuco.

Agora observando, porque o mês de outubro está presente em tudo nisso? Será o meu ascendente?

1. Amauri faz aniversário em 30/10. Fazíamos a 5ª série em 1995. No dia 31 de maio daquele ano, por conta de uma brincaderia de empurrão na escada, o puxei pelo braço e fiz o mesmo com ele, que ese esborrachou legal. Passei 1 semana sem me olhar no espelho por conta do que fiz com ele. Mas ele tinha pedido. Brincar de empurrar na escada, não é brincadeira.

2. Egídio, não sei exato, mas supostamente fiquei com o 10/10, porque me contaram que era o dia do seu aniversário, nada comprovado se este, o que foi morar 3km depois do comdomíno onde morava e já não estava mais morando lá, é de libra ou faz aniversário em outubro. Durante 1 ano e meio, estudamos juntos, na 1ª e 2ª série EM até quando eu desistir de continuar estudando, pro meu estresse não se agravar mais do que estava ficando.

Este cara me transmitia uma energia agressiva. Mesmo achando meio rústico, foi um dos meus incentivadores para não abandonar o colégio, mas não teve jeito em 2001. Também te amava, Egídio, como amigo, mas como poder demonstrar isso, sem que me interpretasse sem má intenções?

3. Já com o Fernando, conheci sem querer na tarde de 15/10, quando foi pegar o dinheiro do jornal Diário do Nordeste com minha mãe. Teve sintonia, da minha parte. E daquele dia até o dia 4 de fevereiro de 2006, aproveitei ao máximo que puder a sua presença, tanto que até rolou uns 40 textos.

O que não quero é repetir isso, mas percebi que "esfriou". É como se o *jardineiro não quer mais aquela flor no seu jardim, ele deixa de regá-la e passa a ignorar aquela flor até ela morrer. Logo aquela flor que mais necessita da sua atenção é aquela que algum dia, poderá fazer a diferença em sua vida. Mas sem isso, ela fica esquecida ao tempo e morrerá, sem ao menos lhe mostrar de o porque ela está sempre vibrante.

Não tem como: esfriou. Sinto que esfriou. Nem recado, nem um bate-papo, nenhum torpedo ou telefonema, de ambos os lados. Sabe, não sinto aquela tranquilidade, parece que há um bloqueio entre nós e não me sinto bem com este bloqueio. E se for confirmado que há este bloqueio ocasionado por alguma coisa dita ou feita, por minha culpa, peço-lhe desculpas e não lhe procuro mais.

* O mesmo vale para o assunto do Twitter. Bloquear alguém sem motivos: não dei motivos pra isso, é uma palhaçada pra quem é um dos grandes divulgadores do seu trabalho. Já não me basta um, ainda tenho que passar por isso? Uma frustração atrás de outra? Por isso que é melhor acabar com tudo em definitivo, mas comigo mesmo.

Não é a toa que olhando as minhas fotos desta viajem, vejo um menino com tristeza no olhar. Posso está sorrindo, mas estou triste, cansado emocionalmente por uma amizade que acabei alimentando, acho que até  demais. Só posso dizer que fiz a minha parte, mas percebi que depois de 3 meses desde a última vez, principlamente após a minha "explosão" há algumas semanas atrás, que algo iria mudar. Só falei aquilo, porque nunca tinha um dia sequer pra poder eu me mostrar como sou.

Ninguém não tem nem a noção de como fiquei bem arrasado, à ponto de sair descontando cinturãozadas na parede. Já pensei em fazer coisa muito pior, dá "cabo" da mim mesmo e me desgurdar deste plano.

Mas só posso me mostrar como sou, vindo me visitar. Só conheci melhor a pessoas que és, depois que lhe fiz aquelas 3 visitas. É na casa da pessoa que se conhece melhor quem e como ela é, por ter mais provas, por sentir a energia do seu espaço.
 
Há pessoas que já falo como é meu jeito, já mesmo assim, nos bate-papos virtuais. Mas elas entendem melhor quando me visitam. Já há outras pessoas que quero falar olhando nos olhos, cara a cara, como é neste caso, por se tratar de ser alguém especial. Senão, vou ter que publicar este longo texto bem particular.

Bom, sempre que um assunto mexe comigo, fico igual à um disco com a função "repetir" acionado. É pra não me esquecer daquela faixa que me chama atenção. Já estou é saturado de desculpas disso, daquilo e eu aceitando, aceitando, aceitando, tendo que entender... Sabe, não sei porque mexi neste assunto, mas já mexi, pois é o que estou pensando no momento e como não tem ninguém para poder divdir isso, então, meu blog é o meu divã e o leitor, o meu psicólogo.

Viajei pra pensar um pouco sobre este assunto. Acabei nem pensando, porque só em ver a sacola da loja onde este meu amigo trabalha, me deixou ate com os pensamentos travados. E não tem como não lembrar. Preciso falar nomes? Não. A imagem já dá pra saber quem é, como o próprio texto.

Se tiver de ser assim, tudo bem., foi bom o tempo que durou., apesar das frustrações Só que vou cortar o sonho da minha mãe em comprar um terreno ou uma casa já pronta por aqui em Pernambuco e ir embora, pra um lugar onde nunca mais possa fazer um outro amigo com a mesma proporção, com a mesma grandeza, com o mesmo carinho que sinto. É raro eu ter e manter amigos, e quando tenho, sempre aparece os obstáculos para atrapalhar uma amizade.

Já tenho 3 experiências similares. Indo pra uma 4ª vez, desanima até de viver.

Sintomas de quê: depressão, pânico? Há algo comigo que posso até assumir: carência, amor de amigos.

E me desculpem, este é o meu jeito. Eu sou assim. Quando gosto, gosto mesmo e quero sempre perto de mim, de alguma forma. Mas assim, de novo passar por isso, não.

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