quarta-feira, 18 de agosto de 2010

DIA DO AMOR

Já perceberam que no Brasil, sempre há o DIA DE ALGUMA COISA?

Recentemente, houve 4 dias que possívelmente passou-se despercebido da grande maioria da população: o dia do orgasmo (31.07), o dia do canhoto (13.08), o dia do solteiro (15.08) e o dia do amor (17.08).

Pois coincidências à parte, em todos eles estou presente, com excessão do dia do amor, que pra mim, é o inverso. Do que me adianta na vida, este DIA DO AMOR, se quem tenho amor não me tem?

Não estou me referindo ao amor de casais de amantes: namorado, noivo, casados ou coisa deste tipo. Me refiro ao amor, até porque, há muitas formas de amar: com a alma, como amigos, com a pele. E neste meu caso, juntando-se as três, não se faz uma química perfeita, porque eu sei que posso dar amor, mas não sinto, de quem amo ou amava, que esta recípocra tenha sido verdadeira.

Tinha que ter sempre desconfiado que quando senti algo por alguém, só iria ficar nesta fase do encanto, como nas outras vezes. Os dias passam. O nada de novo nunca aparece. E a rotina vai se estagnando e tenho que sempre cair em sí que nunca terei o amor de quem devoto o meu, caindo assim num novo desencanto.

Há quem ame espíritos. Há quem ame pessoas que já morreram, sem nunca ter-lhes conhecidos. Eu não vou amar um morto que não conheço. Amo quem está vivo, até porque depois de morto, não terei como matar as saudades no calor de um abraço, num largo sorriso da pessoa querida, num forte olhar de um belo amigo e virce-versa. Acho que se eu amar um paralelepípedo, ganho mais... (Lá vem eu com minhas noias e paranoias).

Do que me adiantará dar valor ao meu amor, depois que ele se perder entre as mãos? Nada, só mais frustrações, só mais desilusões, só mais lágrimas derramadas daquilo que a vida não me dará de volta.

Aos amigos que já demonstraram o seu amor por mim, muito obrigado. Aos amigos por quem demonstrei o meu amor de amigo, vamos cultivar esses laços, porque como num jardim de flores, se uma parte delas não forem regadas devidamente, elas morrerão, sem chances de reavivá-las.

Só que há momentos que a gente tem que respeitar o momento alheio, como quero que os meus sejam respeitados. Mas tudo há um limite e há momentos que se nada acontece, alguém tem que tomar atitudes, até invasivas, se for preciso. Até a paciência tem um limite pra esperar por algo. Tudo uma hora, cansa. Eu esperei. Aguardei o tempo que eu pude.

E nada foi meteórico. Nunca fiz nada assim de se realizar tudo num único mês. Deixei que o tempo me mostrasse se era isso mesmo, até pra não cair novamente no mesmo ponto. Mas do que me adiantou? Voltei à estaca zero. Falava pra mim mesmo: "Não alimente isso novamente. Vai que não dará certo?" Tome mais uma vez.

Só por isso que tenho um certo receio de me relacionar com as pessoas, por amizade. Se assim, como amigos é deste jeito, sempre me foi, imagine se este relacionamento fosse pra um nível mais elevado: o de namoro?

Já me peguei apaixonado sim, mas sempre que isso me acontece, já tiro logo isso da mente, nem que tenha que me afastar em definitivo da pessoa, caso este sentimento permaneça no meu coração.

Pra este tipo de amor, meu coração está fechado. Eu me conheço, tenho um pavío muito curto se tivesse um alguém me controlando direto ou muito tempo "em cima". Há quem achem que sou calmo, mas os calmos são os piores, quando sentem que tem algo de estranho. E quando as situações chegam num ponto de sair comentando certas coisas em público, é porque os meus limites extrapolaram. Daí, deixo o meu recado.

Eu sou muito na minha. Até deixo de perguntar algo, só pra não ofender ninguém. Posso esperar, meses, mas fechar mais de 1 ano em diante, não dá.

Eu não vou me referir as condições financeras de quem quer que seja, porque também tenho problemas com isso. Também tenho os meus vícios de gastar com algo e não condeno quem tem os seus. Cada um com os seus. E quando não me surge nada de interessante para comprar, deixo a grana guardada, até pintar um momento certo, extra, pra usar.

Por isso que ontem, quando fiquei ciente que se comemorava o DIA DO AMOR, eu pensei nos meus amigos que amei já ausentes da minha vida que não voltam mais. E sem poder demonstrar o meu modo de amar, me amo cada vez menos. Fato que me aconteceu nas últimas semanas que só as paredes da minha casa sabem.

Primeiro, se ame para amar aos outros. Mas se não amar aos outros, como descobrir o que o verdadeiro sentido é amar?

Amar aos amigos pode ser tão bom quanto amar o seu parceiro de aliança. Pode ser tão prazeroso quanto um orgasmo, rsrsrs. Mas como não desejo este amor de aliança, me mantenho muito feliz solteiro, e com os meus orgasmos solitários, kkk... nossa!!! Mas sem o amor dos amigos, com certeza eles te jogaram na "canhota".

E se estivesse amando alguém pra namorar, eu usaria os dias dos namorados para fazer-lhe uma declaração de amor.

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