segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Parado há 9 anos.

Hoje, 30/08, é uma dia não muito alegre pra mim: Faz 9 anos que mandei tudo pra PUTA QUE PARIU, literalmente.

Parei com tudo, entreguei os pontos, chutei o pau da barraca devido há um grande estresse que tive na época por conta de colégio. Mandei o mundo tomar no cu.

Era pra ser uma parada breve, pra descansar a mente, de uma trajetória de quase 6 anos sem descanso, direto, mas que se estendeu por 9 anos. Apesar de sempre nunca ter tido nenhum problema disciplinar no colégio, me considero um aluno burro.

Estudava, mas não adiantava. Me estressava sempre que via que estava de recuperação e em 2001, mesmo pegando de novo o mês de dezembro e janeiro, já sabía que teria que fazer o ano novamente. E me atrasar pela 4 ª vez, preferia parar ou morrer. Foi isso mesmo que desejei: Ou paro ou me mato, se não passar de ano.

Não morri, mas acabei me atrasando agora por 9 anos. Ao menos, descansei minha cabeça, pois precisava muito.

Por isso que todo o meu estresse nas últimas semanas. Por isso que muitas coisas me aconteceram nos últimos 6 meses.

Algum dia 30 de agosto aí, não me lembro se no ano de 2009, 2008 ou 2007, escrevi sobre isso no meu blog. Mas acabei mais uma por ter que escrever isso de novo.

Dia 30 de agosto ficou muito marcado pra mim. Só sei que se não tivesse feito isso, estaria internado numa clínica. Quem me viu naquela época, como estava transtornado, deprimido, me entendem.


Só pra se terem uma idéia, na época, eu fazia um curso de atores. Como era algo que me agradava, lógico que continuei e fiz até o fim, com tranquilidade. O meu problema era com o colégio, independente em qual instituição de ensino estava.


Mas eu peguei uma certa fobia em só escutar ou ver as palavras ou até comentários ou imagens como: estudar, colégio, escola, tudo que fosse relacionado à ensino.


Me sentia mal ao passar diante de um colégio. Mas falo passar mal de ficar ofegante. Entrar então, pra ir votar era um sacrifício, mas tinha que enfrentar.


Na época que fiz auto-escola, a semana que foi de aula teórica, eu tive 3 sintomas de que nada estava indo bem comigo.

No 2º dia de aula, tive cólicas. Assim que terminou a aula, corri no trabalho de uma prima minha, e como ela não estava, fui à casa dela, porque precisava urgente de um banheiro. Liberou geral. Só que tudo foi psicológico.


No 4º dia, um torcicólo. Não conseguia de forma algum, virar minha cabeça pra direita, senão ter que usar todo o meu corpo para conseguir assistir aos vídeos que nos foram mostrados.


No 5º dia, que era a prova simulado, tive febre. Mas fui confiante, porque eu li bastante o manual do motorista. Fiquei abaixo dos 70 pontos. Tive que repetir a prova no dia seguinte, ou seja, fiquei em "recuperação" no simulado. Mas até que no exame de legislação lá no Detran foi tranquilo. De todas as 40 questões, errei 4 e não ganhei as 15 aulas grátis. Ao menos passei em tudo de 1ª.


Mesmo tirando minha CNH em setembro de 2002, e na maior animação, ainda não me sentia seguro em enfrentar um supletivo. Chegava a afirmar que agora vai, mas voltava atrás. E asssim, os anos foram passando.


Já em Pernambuco, fiz dois cursos de informática: o básico e o gráfico, numa rede. E manutenção e instalação de computadores em outra rede, entre 2007 à 2009. Só pra se ter uma idéia, no 1º dia de aula do curso básico, eu estava tão nervoso em voltar a frequentar uma sala de aula, que fui tenso e logo na entrada da instituição, dou logo uma topada, de tão nervoso que estava.


Mas, preciso mesmo é refazer esses dois cursos, pois só entrei neste, por ser mais barato e ficou muita coisa ainda à desejar. Só mesmo pra quebrar um trauma.


Em ambos os cursos, tive 100% de presença. Por incrível que pareça, não faltei em nenhuma das aulas, e quando tive que faltar, devido que estava saindo de uma internação hospitalar, e já deixando um recado que não estava em condições, os alunos da minha turma acabaram não indo naquela noite e não houve aula, rsrsrs... Sério mesmo.


Agora, estou aqui analisando uma propósta de fazer um supletico em 60 dias, numa rede daqui de Carpina. Mas em 60 dias, é muito pouco tempo pra muita coisa, e não confio muito. Mesmo eu tendo um nível de 3º ano, só cursando metade do 2º ano EM, aceitaria ficar 9 meses, só que um porém: estudando em casa. No máximo, um professor particular, sem precisar ter que frequentar sala de aula. Ainda estou meio receoso com isso, apesar desses 9 anos.


A decisão foi tomada oficialmente no dia 29 de agosto de 2001, numa 4ª-feira, dia que teria uma prova de matemática, dividido entre a álgebra e a geometria. E como antes de ir ao coégio, tive que sair do Antº. Bezerra, deixar minha mãe no Maracanaú, para depois ir pro colégio na Aldeota, acabei entrnado num desespero dentro do carro. Foi tão grande que chorei muito naquele dia, que não sei de onde me saiu tantas lágrimas.

E no dia seguinte, acabei indo ao colégio normalmente, até pra me despedir de um certo alguém de quem gostava muito naquela época, pois este era o meu ponto mais fraco: este alguém. Foi por causa deste alguém que acabou, de certa forma, me segurando ao máximo onde pude, porque ameacei fazer isso durante o 1º ano EM em 2000. Acabei não ficando com nada, só frustrações.


Sabe o que é ficar 9 anos, acordando, comendo, vendo TV, navegando na internet e viver na vida boa de quem já está com a vida ganha? Dá uma sensação de inutilidade, inexperiência, insegurança com sí próprio.


Vejo tanta gente aí reclamando que cada dia que passa, o trabalho fica mais pesado, mais cansativo e a grana parece que mais curta, ao menos se ganha o seu salário, imagine não fazer nada? Reconheço isso em mim, que fui um fraco, um derrotado, por isso que demosntro esta energia um pouco chata comigo, porque esta é a minha verdade. Mas não gosto que me rotulem como "filhinho de papai" que tem tudo nas mãos. Se fosse assim, um antipático, não me misturaria com outras pessoas.


Só que de uns meses pra cá, visitando o trabalho de um grande amigo, de vez em quando, me dispertou pra realidade e voltei à pensar muito sério neste assunto. Apesar que não gosto de chegar lá e atrapalhar o seu serviço, acabo me sentindo incentivado em fazer o mesmo, em ser útil pra alguma coisa, de ser gente. Lógico, não exatamente a mesma função, porque já percebi que não sou muito de trabalhar pro público - posso até me auto-surpreender com isso um dia. Sou mais neutro. Não me considero comunicativo, apesar de gostar de aparecer.


Poxa, sabía que também deveria já está no mercado de trabalho, mais ou menos, neste período que estou parado? Neste exato momento, quem sabe se minha história tivesse tomado outro rumo, ao invés de está aqui, escrevendo isso, deveria está na fábrica que meu pai era sócio, se a mesma não tivesse falído?! Bom, mas acho que a minha história tem que ser exatamente esta que estou passando.

O meu ano original de encerramento nos estudos seria 1999, mas atrasei por mais 3 anos. Me tornei até motivo de piada entre os alunos por eu ser o mais velho da turma.


E com toda esta minha história, possívelmente eu posa ter desenvolvido uma espécie de "pânico" com algumas coisas, por medo de ser renegado em algo. Enquanto aceito, tudo bem. Mas pra evitar certas situações frustrantes, evito de enfrentar muitas coisas, por medo de receber um não, pois tudo que quero é receber sim. Mas nem sempre o sim é tão fácil assim.

E por irônia do destino, sou uma pessoa que mais diz não do quê sim e quero só receber sim do quê não?! Como pode isso?


Bom, acho que já retoquei num assunto de sempre. Mas não tem como deixar de coemntar alguma coisa, de relembrar da minha revolta do dia 30 de agosto de 2001.


Reconheço que deveria ter sido mais insistente em ter continuado, mas do jeito que estava, não dava. A estafa estava grande. Qualquer coisinha era motivo de discórdia se não fosse do jeito que EU queria que fosse - e isso não mudou muito não.

Só uma coisa que me estressa é que estou totalmente fora dos padrões que as empresas requerem, como escolaridade e idade. Meus pais dizem que isso é coisa da minha cabeça e não tem nada disso e tal. Bom, na época deles, poderia ser assim, mas nesta minha época, é exigido um monte de coisas, e que não estou dentro dessas exigências. E discuti feio com meu pais por conta disso, porque creio que eles só quererm me animar, mas que a verdade atual é esta. Por isso que até posso já ter entregue meus pontos.

Posso até fazer uns currículos e entregar nas empresas, pra fazer um teste e mostrar pra meus pais o quanto - acho - que o certo sou eu, que as empresas vão querer alguém com muito mais bagagem de informações que eu. Posso até está falando bobagem, mas é assim que penso.


E recentemente, tive vontade de cometer uma loucura quando fico sozinho em casa, que é melhor nem entrar em detalhes. Mas pensei em fazer isso, pois estava bem deprimido, me sentindo um inútil. Mas aí vejo que o melhor mesmo é esperar e viver ao máximo possível pra ver pra ode se destinará esta minha história. Mas que dá uma vontade de sumir em definitivo, isso dá.

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